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Renda fixa ou bolsa: onde investir com inflação em queda e juro estável

Renda fixa ou bolsa: onde investir com inflação em queda e juro estável

Conjuntura político-econômica do país e do mundo deve ser considerada no momento de realizar uma aplicação; veja dicas

Publicado em 15 de outubro de 2022 às 08:40

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Sustentada em muito pela aplicação de medidas para redução do preço dos combustíveis e a diminuição no preço das commodities no mercado internacional, a inflação no país começa a desacelerar, atraindo a taxa Selic de volta à estabilidade após meses de altas consecutivas. Em maior ou menor grau, essas mudanças impactam diretamente na rentabilidade dos investimentos.

O professor da Fucape Fernando Galdi, que é pós-Doutor em Contabilidade e Doutor em Controladoria e Contabilidade, destaca que além desse fatores, a conjuntura político-econômica do país e do mundo também deve ser considerada no momento de realizar uma aplicação.

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Perfil do investidor deve ser avaliado na hora de realizar uma aplicação. (Pexels)

“Hoje estamos em um momento turbulento tanto do ponto de vista internacional, quanto nacional. No exterior, o conflito entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, tem trazido muitas incertezas. A elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, para combater a inflação lá, também causa uma série de impactos na economia mundial.”

Já no Brasil, ele observa que o período eleitoral tende a causar instabilidade, elevando o risco para investimentos em renda variável, por exemplo. “Como é um momento de incertezas, com previsão de inflação reduzida daqui em diante, a recomendação é buscar títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic. De modo geral, temos um cenário vantajoso para renda fixa.”

Como regra geral, todos esses fatores devem ser considerados no momento de definir uma aplicação, mas é preciso avaliar ainda o perfil de investidor, para entender, de fato, qual a melhor alternativa para cada caso.

Cada tipo, ou perfil, é estabelecido com base em algumas características: a disposição ou aversão do investidor ao risco, o objetivo da aplicação e o prazo durante o qual pretende deixar o dinheiro investido. São três perfis principais:

  • 01

    Conservador

    É o investidor que não admite perder nada.

  • 02

    Moderado

    É aquele que se arrisca, mas não de forma exagerada.

  • 03

    Agressivo ou arrojado

    É o investidor que está disposto a correr riscos diante da possibilidade de grandes retornos.

Na avaliação de Maurício Takahashi, professor na Área de Finanças, Economia e Métodos Quantitativos do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de modo geral, a renda fixa e os fundos multimercados tendem a permanecer atraentes no atual cenário.

“Para o perfil conservador, os títulos públicos pós-fixados, atrelados à Selic ou à inflação (IPCA) com vencimento de curto prazo até 2028, e os títulos privados Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) pós-fixados, são adequados.”

Já para o investidor mais arrojado, Takahashi avalia que os títulos públicos pós-fixados com vencimentos longos, além de 2045, e os pré-fixados, tendem a ser mais interessantes.

“Outra alternativa aos investidores pode ser a alocação em fundos multimercados que combinam baixos aportes, diversificação, gestão profissional e, dependendo do fundo, liquidez. Se tiverem gestão ativa eficiente, podem trazer benefícios ao conseguirem antecipar os movimentos de valorização e de desvalorização dos papéis de renda fixa e/ou variáveis, dadas as oportunidades nesse cenário de grande incerteza.”

O especialista observa ainda que é importante analisar a duração prevista do aporte. Para aplicações com prazo maior do que três anos, por exemplo, pode ser interessante investir em ações internacionais, que estão “baratas” no momento, mas reforça também que esse tipo de aplicação está exposto ao risco de câmbio.

ENTENDA AS MODALIDADES

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    01

    Renda fixa

    Com a Selic fixada em um patamar elevado, os títulos da dívida pública (Tesouro Direto), que são mais seguros, apresentam uma rentabilidade maior do que em outros períodos. O mesmo ocorre com os rendimentos da categoria renda fixa e pós-fixados, que acompanham as taxas de juros. Títulos prefixados atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA, também podem ser opções interessantes, assim como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que são títulos emitidos pelos bancos para captar recursos de investidores e emprestar a pessoas ou empresas, com juros mais altos.

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    02

    Renda variável

    O cenário político e econômico traz bastante incerteza para os investidores, e isso tem refletido na cotação dos ativos de renda variável. Apesar disso, para o investidor que não se importam em lidar com algum risco, ações podem ser um bom investimento no longo prazo. É interessante, principalmente nesse momento, dar preferência a empresas sólidas e de setores essenciais, cuja demanda é constante, como, por exemplo, energia, petróleo e mineração.

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    03

    Investimentos no exterior

    Uma possibilidade é investir em ações internacionais, que estão “baratas” no momento. Entretanto, é preciso ter atenção: esse tipo de aplicação também está exposto ao risco de câmbio.

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