Quando falamos em investir no exterior, muita gente ainda acredita que é algo arriscado, complexo ou “apenas para quem tem muito dinheiro”. A verdade é que a diversificação internacional cada vez mais tem se mostrado uma necessidade, tanto para proteger o patrimônio quanto para aproveitar oportunidades.
Ao manter todos os investimentos dentro da economia brasileira, o investidor fica exposto ao “risco Brasil”, que pode ser interpretado como um número que ajuda a medir a possibilidade de o país não honrar seus compromissos financeiros. Esse número muda constantemente, a depender da interpretação do mercado sobre os dados econômicos.
Como um país emergente, o Brasil possui um risco elevado comparado aos EUA e à União Europa. Por conta disso, ter parte do patrimônio exposto a economias mais estáveis funciona como um seguro. Caso ocorra uma eventualidade na economia brasileira, esses ativos, provavelmente, vão mitigar as perdas.
O simples fato de investir em dólar já é uma proteção. O real é uma das moedas fiduciárias mais voláteis do mundo e, quando há turbulência econômica ou política, o dólar tende a se valorizar.
Diversificar internacionalmente não serve apenas para proteger, mas também abre portas para oportunidades que simplesmente não existem no Brasil. A Bolsa brasileira tem pouco mais de 400 empresas listadas; já as bolsas americanas possuem mais de 6.000, quase 15 vezes mais opções de investimentos.
Nesse contexto, quando o investidor deseja alocar parte do patrimônio em empresa de inovação, se vê com dificuldades, já que temos poucas empresas listadas com esse perfil. Contudo, no exterior, você tem acesso a gigantes como Apple, Nvidia e Amazon.
Além disso, alguns mercados estão em momentos distintos do ciclo econômico. Enquanto o Brasil pode estar subindo juros, os EUA podem estar cortando, ou a China implementando estímulos. Isso permite que você aproveite movimentos distintos ao redor do mundo.
Hoje, o acesso ao mercado internacional está muito mais simples e barato. É possível investir diretamente em ações e ETFs no exterior por meio de contas internacionais ou mesmo acessar esses ativos via BDRs e fundos no Brasil.
O mais importante, no entanto, não é apenas ter ativos no exterior, é integrá-los de forma estratégica à sua alocação. Isso exige entender seu perfil de risco, seus objetivos e o horizonte de tempo.
Diversificar internacionalmente é uma forma inteligente de proteger seu patrimônio da desvalorização de uma moeda mais fraca e, ao mesmo tempo, buscar crescimento consistente em mercados e setores que o Brasil não oferece.
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