Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 08:00
A Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou ao fim cumprindo sua missão em vários aspectos. Uma competição de base muito importante, pois é um laboratório para novos talentos tanto para jogadores quanto para novos árbitros.
Entre várias questões que chamaram a atenção, dessa vez duas situações antagônicas em um mesmo jogo. Na movimentada partida da semifinal entre Palmeiras e São Paulo, a rivalidade entre as duas equipes levou muitos torcedores ao estádio, e dentro de campo o Palmeiras levou a melhor ao se classificar para a final contra o Santos.
Já nos acréscimos do segundo tempo, quando o São Paulo pressionava tentando o empate, alguns "torcedores" do São Paulo invadiram o campo para agredir os garotos palmeirenses em uma cena que mistura burrice e falta do que fazer, pois não combina em nada com o esporte, sobretudo com uma competição de garotos, e que reúne times de todos os cantos do país em busca de uma oportunidade na carreira.
Aí o que deveria ser uma festa teve dois momentos que marcaram o torneio. A faca atirada no gramado por torcedores revoltados com a derrota tricolor e a atitude do jovem atacante Caio, do São Paulo, que prontamente defendeu os jogadores adversários de um ataque que poderia se transformar em uma tragédia.
Caio mostrou na espontaneidade que, além de um grande futuro como atleta, é um homem de boa formação. Esse exemplo deve ser observado e seguido pelas famílias, técnicos de futebol - muitos deles estimulam a violência à beira do campo - e também jogadores que adoram bancar os valentões dentro de campo e "torcedores" que insistem em achar que o futebol é uma guerra e não um esporte. A atitude do Caio é um exemplo a ser seguido e deveria ser reverenciado como a marca da Copa São Paulo. Afinal, ele marcou um gol de placa e para mim já é o craque do campeonato.
O árbitro, Matheus Candançan, apesar da invasão de campo e da faca atirada no gramado, decidiu continuar o jogo com os dois minutos faltantes dos acréscimos. Nesses casos, o árbitro deve ter a confirmação do responsável pelo policiamento de que tem segurança suficiente para terminar a partida, caso contrário, o jogo deveria ter sido encerrado e o placar de um a zero (1x0) para o Palmeiras mantido.
Na final entre Palmeiras e Santos, o Palmeiras mostrou um trabalho forte e consistente na sua base e goleou o Peixe em um jogo de muita qualidade técnica e uma boa arbitragem do novato Gustavo Holanda junto com dois bons assistentes com média de idade de 24 anos. Apesar dos tropeços fora de campo, ainda temos muitos novos talentos no futebol brasileiro.
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