Elio Lorenzoni, de 49 anos, foi denunciado à Justiça estadual na tarde desta sexta-feira (29) pelo crime de feminicídio. De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), ele matou a ex-companheira Marilene Silva da Cruz Borcarte, de 44 anos no bairro Olívio Zanotelli, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, no último dia 29 de outubro.
Desde o dia do crime ele está foragido. Na denúncia é informado que ele está em “local incerto e não sabido”.
O casal teve um relacionamento amoroso por cerca de nove meses e a vítima optou por encerrar a relação. Inconformado com a situação, por volta das 7 horas do dia 29 de outubro, Elio, conduzindo uma motocicleta, foi ao local onde Marilene rotineiramente esperava pelo transporte público. Ao avistá-la, ele realizou os disparos.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Elio passou um mês e meio tentando reatar o relacionamento, perseguindo a vítima, vigiando-a no trabalho e residência, até chegar ao ponto em que decidiu tirar a vida dela, detalhou o delegado Deverly Pereira Junior.
Preocupada com as perseguições de Elio, Marilene foi até a delegacia em duas ocasiões. A primeira no dia 14 de setembro e a segunda em meados de outubro, quando ela deu entrada a um pedido de medida protetiva, negado pela Justiça 11 dias antes do crime.
A denúncia do MPES aponta que o crime “foi cometido contra mulher, por razões da condição do sexo feminino, tendo em vista o contexto da violência doméstica e familiar”. O texto informa ainda que foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima, considerando que ela foi surpreendida quando aguardava o transporte público.
Foi pedido à Justiça a fixação de valor mínimo como reparação pelos danos morais causados pelo crime aos familiares de Marilene. Ela trabalhava em uma loja em Colatina e deixou dois filhos, um deles adolescente.
Elio, segundo os registros criminais, já foi condenado e cumpriu pena por um homicídio ocorrido em 2003, em Venda Nova do Imigrante, e estava em liberdade desde então. Seu advogado não foi localizado, mas o espaço segue aberto para manifestação.
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