
Uma advogada é suspeita de ter sido a responsável por transmitir a um grupo de traficantes a ordem para executar o jovem Arthur Santos Gomes, de 20 anos. O crime aconteceu em abril do ano passado, no bairro Santo Antônio, em Vitória. A mensagem partiu da liderança do tráfico de drogas do Morro do Cabral/Quadro, que está em uma unidade prisional, e foi cumprida por cinco pessoas.
Como parte da investigação, a advogada foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa e escritórios, nesta quinta-feira (12). A suspeita é de que ela estaria usando o seu acesso às unidades prisionais para intermediar a comunicação de detentos com o exterior. Seu nome não está sendo divulgado porque o inquérito policial ainda não foi concluído.
Dias antes do crime ela teria visitado a liderança do tráfico no presídio e posteriormente entrou em contato com outro integrante do grupo criminoso, em liberdade, com quem trocou mensagens pelas redes sociais, oportunidade em que, supostamente, teria repassado a ordem de execução. Foi esta pessoa que acionou os quatro executores.
O jovem foi morto a tiros quando saía da casa da namorada, no início da noite. Foi abordado por quatro pessoas, que chegaram a fazer uma foto e enviar para o chefe do grupo. Quando veio a confirmação, eles levaram o jovem para uma outra rua, próximo ao Bar do Binha, onde foram feitos vários disparos que tiraram a vida de Arthur.
À reportagem de A Gazeta, na ocasião do crime, foi relatado que, para ter certeza que o jovem já estava sem vida, os bandidos voltaram ao local cinco minutos depois para atirar novamente na vítima, como forma de garantir a morte.
O tio de Arthur contou que o sobrinho foi ao local somente para ver a namorada, pois não morava na região.
A investigação está sendo conduzida pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) de Vitória, que não se manifestou sobre o assunto.
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