Quatro construtoras já estão com o calendário de lançamentos para 2026 definido. Uma delas, a Empar Incorporadora, planeja dois empreendimentos com valor geral de vendas (VGV) de R$ 160 milhões. Um deles ficará no terreno onde funcionava o banco Santos Neves, na Praia do Canto, em Vitória.
A área acabou de ser adquirida pela empresa, que está estudando a melhor tipologia para desenvolvimento, podendo ser comercial ou residencial. Enquanto isso, o outro lançamento será de um edifício comercial de salas amplas, projetado com recursos de automação e inteligência predial, localizado na Reta da Penha, também em Vitória.
Sobre o terreno do banco, a diretora da Empar, Camila Menezes, afirma que está em fase de definição para entender qual tipologia trará mais valor para a área. Ela tem atuado em todas as etapas da incorporação, desde a aquisição do terreno até o desenvolvimento do projeto, marketing, vendas e relacionamento com o cliente.
“Em 2025, lançamos empreendimentos com unidades de um e dois quartos, além de lofts, e alcançamos vendas acima de 75% em apenas dois meses, o que demonstra a força desse tipo de produto e a demanda consistente do mercado”, afirma.
Em Jardim da Penha e Jardim Camburi
Outra empresa que está com lançamentos listados para o próximo ano é a Mivita, que deve apresentar pelo menos três novos empreendimentos: dois em Jardim ca Penha e outro em Jardim Camburi. Juntos, os três devem gerar um VGV de R$ 430 milhões.
Em Jardim da Penha, o primeiro, com previsão de lançamento no primeiro semestre, ficará localizado em frente à Ufes e bem próximo ao Darwin, e seu VGV será de R$ 180 milhões. O outro, será construído em uma área recém-adquirida pela empresa, próximo à praça do Supermercado Carone com VGV de 100 milhões.
Em Jardim Camburi, o empreendimento previsto para 2026 terá VGV de R$ 150 milhões e ficará localizado na região da Fazendinha.
Além dos projetos em Vitória, a Mivita também se prepara para entrar no mercado de Vila Velha. “Temos áreas em estudo e negociação nas regiões da Praia da Costa, Itapoã e Itaparica, e 2026 poderá marcar nossa entrada no município canela-verde”, adianta André Pretti, CEO da empresa.
Coworking e residencial em Vila Velha
Já a Galwan, anunciou o lançamento do U.Connect Residence, localizado ao lado da Universidade de Vila Velha (UVV) e do Shopping Vila Velha com uma torre residencial de 29 pavimentos e uma área de coworking de 803 m².
A área residencial terá unidades studio, apartamentos de 1, 2 e 3 quartos, além de 11 unidades garden. Nas áreas comuns e lazer, espaço fitness e gourmet, duas churrasqueiras, playground e brinquedoteca, salão de festas multiuso e piscinas adulto e infantil.
Com foco em famílias e também no público investidor, o empreendimento, em seu memorial de incorporação, será registrado como short stay (aluguel de curta temporada). Todas as áreas comuns e de serviço do empreendimento serão entregues mobiliadas e decoradas. os preços partem de R$ 338.679,10 à vista.
U.Connect Residence
“Não é um projeto arquitetônico voltado para jovens, é a cultura do projeto que é jovem, um ambiente de futuro que estimula o networking e o empreendedorismo”, define o presidente da Galwan, José Luís Galvêas, em apresentação para os corretores.
Já o coworking terá acesso exclusivo por um elevador dedicado e terá recepção e open-plan office, estações multifuncionais, cabines de foco, work lounge e break spot. Além disso, haverá uma área denominada Espaço Arena, uma estrutura que une arquibancada e laboratório de ideias com foco em apresentações, workshops e brainstorms.
No litoral sul
Saindo da Grande Vitória e indo para o litoral sul, a Javé lança o seu primeiro empreendimento na região: o Moa Praia de Iriri. Localizado no balneário de Iriri, em Anchieta, o lançamento tem foco no alto padrão e terá apartamentos com uma estética praiana.
As áreas comuns vão seguir o conceito de casa de férias e lifestyle de resort, com ambientes integrados, lazer e espaços pensados para convivência, bem-estar e experiências ao ar livre. A arquitetura é assinada por Alexandre Feu, fundador da FEU Arquitetura, escritório referência em condomínios de alto padrão no Rio de Janeiro.
Locação e venda de imóveis comerciais têm alta em novembro
O Índice FipeZap Comercial registrou um aumento de 0,07% nos preços de venda de salas e conjuntos de até 200 m² em novembro de 2025, enquanto o segmento de locação apresentou uma alta de 0,44%. Embora o ritmo de crescimento dos aluguéis tenha desacelerado em relação a outubro (+0,54%), o desempenho mensal superou a inflação medida pelo IPCA (+0,20%) e o IGP-M (+0,27%).
No acumulado de 2025 até novembro, os preços de locação comercial saltaram 8,13%, superior ao crescimento de 2,49% nos preços de venda. Já no mercado de vendas, o incremento médio em 12 meses foi de 2,66%.
O valor médio do metro quadrado comercial encerrou novembro em R$ 8.620 para venda e R$ 49,33 para locação. A rentabilidade do aluguel comercial (rental yield) foi calculada em 7,09% ao ano, superando o retorno médio projetado para a locação residencial (5,94% a.a.), mas ainda abaixo das principais aplicações financeiras de referência.
Setor de loteamentos encerra 2025 com valorização média de 14% no metro quadrado
O setor de loteamentos encerra 2025 registrando altas no VGV acumulado, sendo superior a 20% em algumas situações, e uma valorização média de até 14% no preço do metro quadrado. Em São Paulo, o crescimento das vendas chegou a 20% até setembro, com um estoque baixo que representa 24,3% do total lançado desde 2019.
Para a Associação das Empresas de Loteamento Urbano (Aelo), o sucesso em 2026 dependerá diretamente da redução da taxa Selic e da contenção de gastos públicos. Segundo o presidente da entidade, Caio Portugal, os juros elevados em 2025 reduziram o apetite dos investidores, tornando a responsabilidade fiscal indispensável para destravar novos projetos e fortalecer a geração de emprego e renda no setor produtivo.
No campo regulatório, a entidade adianta que a regulamentação da Reforma Tributária em 2026 será decisiva. Uma das conquistas indicadas para o setor é a redução da alíquota de 50% e o redutor social de R$ 30 mil por lote.
“Temos um ano cheio: eleições e compromissos pela austeridade fiscal, assim como, a Copa do Mundo, que de alguma forma retira a atenção dos consumidores. A entidade continuará atuando junto ao poder público, investidores, empreendedores e consumidores para garantir um mercado saudável, responsável e alinhado às novas demandas das cidades brasileiras”, afirma.
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