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PP proíbe aliança com PT em todo o país e pode abalar palanque de Casagrande

Partido já havia aprovado participação na coligação do governador, que inclui o Partido dos Trabalhadores. E a ata da convenção do PSB, que homologa isso, foi enviada à Justiça Eleitoral

Vitória
Publicado em 02/08/2022 às 20h52
Convenção do PP aprovou apoio à candidatura de Casagrande (PSB). Na foto, Da Vitória (PP) e Marcus Vicente (PP)
Os deputados federais Neucimar Fraga e Da Vitória, ambos do PP; o governador Renato Casagrande (PSB) e o presidente estadual do PP, Marcus Vicente, durante convenção estadual do Progressistas, no último sábado (30). Crédito: Divulgação/PP

O PP, partido do Centrão que, tradicionalmente, libera os diretórios estaduais para formar alianças como bem entender, decidiu, nesta terça-feira (2), proibir coligações com o PT em todo o país.

"O Diretório Nacional do Progressistas informa que a sigla não irá fazer coligação com o Partido dos Trabalhadores em nenhum Estado brasileiro. O PP oficializou, por meio de convenção nacional, coligação com o PL e apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro", informa nota divulgada pela direção nacional do PP publicada por "O Globo".

A determinação pegou o PP do Espírito Santo, aliado de primeira hora do governador Renato Casagrande (PSB), de surpresa. O partido aprovou, por unanimidade, a participação na coligação do socialista, em convenção realizada no último sábado (30). E o PT também integra a coligação.

A coluna falou com o presidente estadual da legenda, Marcus Vicente, ex-secretário de Saneamento e Habitação de Casagrande, na noite desta terça e ele disse que ainda não sabia da novidade.

"Isso (a coligação com o partido do governador e demais aliados) está fechado aqui", lembrou, após uma pausa para processar a informação.

O deputado federal Da Vitória, outro aliado do governador, que migrou para o partido em março, contou que também se surpreendeu. Soube da proibição de coligações com o PT pelo correligionário e colega de bancada Evair de Melo, que apoia outro nome para o Palácio Anchieta, o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD).

O secretário-geral do PP no estado, Marcos Delmaestro, que foi à convenção do União Brasil, do deputado federal Felipe Rigoni, na noite desta terça, foi informado lá pela reportagem de A Gazeta sobre a decisão nacional do Progressistas.

A convenção estadual do PSB, no domingo (31), também validou a coligação com o partido. Delmaestro esteve no palanque e até ouviu um "companheiros do Progressistas", dito pelo presidente nacional dos socialistas, Carlos Siqueira, em discurso.

IMBRÓGLIO JURÍDICO

O presidente estadual do PSB, Alberto Gavini, também foi informado pela coluna sobre a reviravolta capitaneada pelo PP nacional.

Ele ressaltou que já enviou a ata da convenção, especificando a formação da coligação, para a Justiça Eleitoral.

"A coligação já está feita, assinada, já mandei a ata para o cartório ontem (segunda-feira, dia 1º). Tem dez partidos coligados, entre eles o PP. Isso foi aprovado na convenção deles e na nossa", rafificou.

"Mas vamos tratar no campo político e se, preciso, no campo jurídico", adiantou Gavini.

O PP está ao lado de Casagrande no Espírito Santo há anos.

Em março, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), um dos principais nomes do Progressistas, esteve em Vitória, ele confirmou que o partido estaria na coligação do socialista e até pleiteou um lugar na chapa majoritária para um correligionário local.

A vaga de vice ou a de candidato ao Senado. Da Vitória chegou a ser cotado para o posto. Mas foi a senadora Rose de Freitas (MDB) que se consolidou como o nome apoiado por Casagrande.

A convenção estadual do PP deixou em aberto, até o próximo dia 15, prazo para registro de candidaturas, justamente o posicionamento da sigla quanto à corrida pelo Senado.

O secretário-geral do partido esteve, por exemplo, na convenção do Republicanos, no domingo, em que o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, foi homologado como aspirante a senador.

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