Em um intervalo de poucas horas na segunda-feira (1º), o prefeito de Colatina, Renzo Vasconcelos (PSD), reuniu-se com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), em Vitória. O encontro com o chefe do Executivo da Capital ocorreu pela manhã. Com o vice, a conversa deu-se na hora do almoço.
Ricardo e Pazolini são pré-candidatos ao governo do Espírito Santo e integram grupos adversários. O que têm em comum é o desejo de formar uma aliança com o PSD, presidido, no estado, por Renzo.
A coluna apurou que o tom dos dois encontros foi de "namoro", mas, apesar de uma foto publicada por Renzo ao lado de Pazolini e do presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, nenhum acordo foi realmente selado.
Renzo divide-se entre agradar o governo Renato Casagrande (PSB), do qual Ricardo faz parte, e as articulações como presidente de partido.
Um ponto crucial para os objetivos do PSD é formar uma chapa competitiva de candidatos a deputado federal no estado. O Republicanos, nos bastidores, prontificou-se a auxiliar Renzo nessa tarefa.
A chapa de pré-candidatos do partido de Pazolini já está quase toda desenhada.
O Palácio, com uma ampla base, entretanto, tem muito mais força para proporcionar tal ajuda.
A questão é que o ex-governador Paulo Hartung também está filiado ao PSD. Como se sabe, Hartung, ao menos desde 2014, é adversário de Casagrande.
Para completar, à boca miúda aliados e até nem tão aliados de Ricardo Ferraço consideram que o ex-governador quer mesmo é atrapalhar o desempenho do vice-governador.
Ou seja, uma eventual aliança do PSD de Renzo com o grupo de Casagrande esbarraria no fator Hartung.
E o ex-governador tem o respaldo do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Ainda assim, o prefeito de Colatina prefere "ficar bem" com os casagrandistas/ricardistas, a exemplo da maioria dos prefeitos capixabas, em busca de apoio e verbas para investimentos.
"Acho que existem dois Renzos: um prefeito de Colatina e outro presidente de partido", resume um aliado do chefe do Executivo municipal.
Em 2024, os partidos de Renzo e Pazolini caminharam juntos, coligados em Vitória e Colatina.
A eleição para o governo do Espírito Santo em 2026, porém, é outra coisa. Vejamos como o político de Colatina vai se portar.
LEIA MAIS COLUNAS DE LETÍCIA GONÇALVES
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.
