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Lá e cá: Renzo se encontra com Ricardo e Pazolini no mesmo dia

Prefeito de Colatina é presidente estadual do PSD, partido cobiçado pelos grupos do vice-governador e do prefeito de Vitória

Vitória
Publicado em 02/12/2025 às 16h10
Renzo Vasconcelos, Lorenzo Pazolini e Erick Mussio
Renzo Vasconcelos, Lorenzo Pazolini e Erick Musso. Crédito: Instagram/@renzo.vasconcelos

Em um intervalo de poucas horas na segunda-feira (1º), o prefeito de Colatina, Renzo Vasconcelos (PSD), reuniu-se com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), em Vitória. O encontro com o chefe do Executivo da Capital ocorreu pela manhã. Com o vice, a conversa deu-se na hora do almoço.

Ricardo e Pazolini são pré-candidatos ao governo do Espírito Santo e integram grupos adversários. O que têm em comum é o desejo de formar uma aliança com o PSD, presidido, no estado, por Renzo.

A coluna apurou que o tom dos dois encontros foi de "namoro", mas, apesar de uma foto publicada por Renzo ao lado de Pazolini e do presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, nenhum acordo foi realmente selado.

Renzo divide-se entre agradar o governo Renato Casagrande (PSB), do qual Ricardo faz parte, e as articulações como presidente de partido.

Um ponto crucial para os objetivos do PSD é formar uma chapa competitiva de candidatos a deputado federal no estado. O Republicanos, nos bastidores, prontificou-se a auxiliar Renzo nessa tarefa.

A chapa de pré-candidatos do partido de Pazolini já está quase toda desenhada.

O Palácio, com uma ampla base, entretanto, tem muito mais força para proporcionar tal ajuda.

A questão é que o ex-governador Paulo Hartung também está filiado ao PSD. Como se sabe, Hartung, ao menos desde 2014, é adversário de Casagrande. 

Para completar, à boca miúda aliados e até nem tão aliados de Ricardo Ferraço consideram que o ex-governador quer mesmo é atrapalhar o desempenho do vice-governador.

Ou seja, uma eventual aliança do PSD de Renzo com o grupo de Casagrande esbarraria no fator Hartung.

Ainda assim, o prefeito de Colatina prefere "ficar bem" com os casagrandistas/ricardistas, a exemplo da maioria dos prefeitos capixabas, em busca de apoio e verbas para investimentos.    

"Acho que existem dois Renzos: um prefeito de Colatina e outro presidente de partido", resume um aliado do chefe do Executivo municipal.

Em 2024, os partidos de Renzo e Pazolini caminharam juntos, coligados em Vitória e Colatina.

A eleição para o governo do Espírito Santo em 2026, porém, é outra coisa. Vejamos como o político de Colatina vai se portar.

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