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A árvore que o príncipe Charles plantou no Espírito Santo

A árvore que o príncipe Charles plantou no Espírito Santo

Na Escócia para a COP-26, o príncipe de Gales viu, por foto, como ficou a árvore que ele plantou em Aracruz em 1991

Publicado em 5 de novembro de 2021 às 02:15

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Príncipe Charles planta árvore em Aracruz durante visita ao Espírito Santo, em 1991
Príncipe Charles planta árvore em Aracruz durante visita ao Espírito Santo, em 1991 . (Arquivo/A Gazeta)

O ano de 1991 contou com diversas visitas ilustres no Espírito Santo: o papa João Paulo II, o presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o herdeiro do trono britânico, o príncipe Charles. Este, aliás, foi a Aracruz e lá plantou uma árvore, um pau-brasil.

Nesta quinta-feira (4), o governador Renato Casagrande (PSB), que está na Escócia para participar da COP-26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), mostrou uma foto ao príncipe de como ficou a árvore 30 anos depois:

Árvore pau-brasil plantada pelo príncipe Charles em Aracruz
Árvore pau-brasil plantada pelo príncipe Charles em Aracruz. (Secom/ES)
Governador Renato Casagrande mostra, no celular, foto de árvore plantada pelo príncipe Charles em Aracruz ao herdeiro do trono britânico
Governador Renato Casagrande mostra, no celular, foto de árvore plantada pelo príncipe Charles em Aracruz ao herdeiro do trono britânico. (Adriano Zucolotto/Secom ES)

Espera-se que a ida a Glasgow renda frutos. E não estou falando do fruto do pau-brasil, que é uma espécie de vagem. A estratégia dos governadores, que se reuniram com Charles na ausência de Bolsonaro – o presidente da República não foi à COP – é que o futuro monarca ajude a atrair recursos para o financiamento de projetos ambientais no Brasil.

Casagrande, que preside o Consórcio Brasil Verde, uma iniciativa dos governadores, viajou para a Europa no último dia 29. Quem está à frente do Executivo estadual é a vice, agora governadora em exercício, Jacqueline Moraes (PSB).

E os críticos de Casagrande não perderam a oportunidade. Basicamente, a tônica é a seguinte: "Tal coisa acontecendo no Espírito Santo e o governado está na Europa".

"Tal coisa" pode ser qualquer dissabor doméstico, depende de quem critica, mas frequentemente trata-se de episódios de crimes cometidos em terras capixabas. "Foi passear na Escócia por nove dias com o dinheiro do povo", bradou Capitão Assumção (Patriota) esses dias na Assembleia Legislativa.

Sob o governo de Jair Bolsonaro, o filme do Brasil (e as florestas também) anda meio queimado no exterior quando o assunto é o meio ambiente.

Na COP, no entanto, apesar dos diálogos travados por governadores, quem tem o poder da caneta para aderir ou não a iniciativas com o objetivo de refrear as mudanças climáticas é o governo federal. Lá, quem representa o país são o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o das Relações Exteriores, Carlos Alberto França.

O Brasil se comprometeu, durante a conferência, com o corte em 30% de emissões de metano até 2030. O gás corresponde a 17% das emissões causadoras do efeito estufa e é mais nocivo que o gás carbônico. O acordo  não prevê punições a quem o descumpra e há certo ceticismo sobre o empenho brasileiro em alcançar o percentual. Vamos deixar a meta aberta ... 

China, Índia e Rússia ficaram de fora do acordo.

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