No último dia 6 de novembro, a Galeria Matias Brotas inaugurou o Circuito do Centenário de Dionísio Del Santo, uma programação integrada em parceria com o Museu de Arte do Espírito Santo (MAES) e as galerias Almeida & Dale, Maneco Muller e Silvia Cintra. A abertura marcou também os 20 anos de atuação da Matias Brotas Arte Contemporânea.
A exposição “Dionísio Del Santo: o construtivo ontem e hoje”, com curadoria de Felipe Scovino, apresenta um recorte que atravessa gerações da arte contemporânea brasileira. Reúne obras de artistas como Amália Giacomini, Antônio Bokel, Ascânio MMM, Eduardo Sued, Gonçalo Ivo, Iole de Freitas, Raul Mourão e Rosana Paste, criando pontes diretas com o pensamento visual de Dionísio.
As obras dialogam entre gesto e estrutura, ritmo e silêncio, cor e vazio — dimensões que marcam profundamente a poética do artista capixaba. Como destaca Scovino, em Dionísio “o vazio não é ausência, mas espaço ativo de movimento e transformação”.
Nascido em Colatina (ES), em 1925, Dionísio Del Santo foi pintor, desenhista e gravador, reconhecido nacionalmente por sua contribuição singular à arte brasileira.
Sua pesquisa em serigrafia, geometria, cor e movimento o colocou entre os grandes nomes da arte moderna, aproximando técnica e sensibilidade em obras de grande precisão e lirismo. Sua produção abriu caminho para novas percepções visuais no país, influenciando gerações de artistas que hoje reescrevem o construtivo a partir do presente.
Mais do que uma homenagem histórica, o circuito reafirma o Espírito Santo como território de criação e pensamento artístico, e reposiciona Dionísio Del Santo como um dos pilares da modernidade brasileira — não como um nome em retrospecto, mas como um artista cuja obra segue inspirando, provocando e abrindo possibilidades no presente.
A exposição permanece aberta ao público até 12 de fevereiro de 2026, na Matias Brotas Arte Contemporânea, em Vitória (ES).
Conheça algumas obras presentes na exposição
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