A coluna traz uma análise do mercado automotivo, com tendências do segmento, panorama, dicas e orientações. Tem como público-alvo o cliente que compra carro, quer trocar de veículo ou quer tirar dúvida sobre a manutenção desse bem, além de leitores apaixonados pelo tema. O perfil nas redes sociais é @gabrieldeoliveirapersonalcar

Entenda por que carros elétricos são mais caros do que a combustão

Modelos elétricos têm se tornado essenciais para a redução de gases, mas ainda estão distantes da maioria da população quando se fala em valores

Vitória
Publicado em 24/11/2022 às 01h58
Atualizado em 24/11/2022 às 01h58
Entenda por que carros elétricos são mais caros do que a combustão
Concorrência de carros elétricos ainda é pequena. Crédito: Halph Hutter/Unsplash

A indústria automotiva vive em constante mudança, sempre inovando. Nas últimas décadas, a tecnologia tem ficado em primeiro plano, principalmente quando está relacionada com interatividade, segurança e conforto.

Hoje, temos automóveis com controle de tração e estabilidade, internet via wi-fi, carregadores de celular via indução, dentre vários outros mimos e situações fundamentais que visam à segurança e conforto do condutor e dos passageiros.

E no quesito tecnologia, a mudança mais latente que vemos hoje é sobre o “combustível” dos automóveis. Apenas uma tendência de nicho da indústria, os carros híbridos, veículos que possuem um motor a combustão e outro elétrico, estão cada vez mais presentes nas marcas.

Na mesma esteira estão os carros elétricos, sendo produzidos, inclusive, por montadoras mais populares no mercado brasileiro, que recentemente têm apostado no segmento, a exemplo da Renault com o Kwid E-Tech e a Peugeot com o e-208 GT.

Com o discurso cada vez mais forte da sustentabilidade, veículos elétricos têm se tornado essenciais para a redução de gases jogados na atmosfera. No entanto, ainda estão bem distantes da maioria da população quando se fala em valores.

Mas por que os veículos elétricos ainda são tão mais caros do que o carro a combustão?

Na verdade, não é apenas um motivo que contribui para isso, mas sim alguns fatores.

O primeiro é que veículos a combustão são produzidos em larga escala. A indústria automotiva mundial já está 100% adequada à demanda, considerando uma normalidade no mercado no que diz respeito a fatores como pandemia, guerra etc. Já a produção dos elétricos, por mais estrutura que exista, ainda não é em larga escala. Isso é óbvio, visto que a gama de produtos não é nem comparável aos veículos a combustão e, como consequência, o volume de produção é bem menor.

Outro fator é em relação a fornecedores. Enquanto a tecnologia de produção de motores a combustão está estabelecida há décadas, a de veículos elétricos está praticamente iniciando agora. Naturalmente, não existe uma gama muito grande de fornecedores de componentes para a produção dos motores elétricos, se não há bastante opção de fornecedores

E tem o fator concorrência. Esta ainda é menor quando comparada aos modelos a combustão. E com menor concorrência, não há motivo para diminuição de preço, ainda mais com a demanda aumentando consideravelmente, como temos visto recentemente.

Uma coisa é certa, cada vez mais os carros elétricos estarão presentes no dia a dia. Ao contrário do que muitos pensam, minha percepção é de que essa tecnologia veio para ficar.

Você já teve a experiência de dirigir um carro elétrico?

Minha primeira experiência foi com o Mercedes-Benz EQC, inclusive falei disso aqui na minha coluna. Vale conferir.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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