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Carro automático: vantagens e desvantagens de cada tipo de câmbio

Exemplos de carros que utilizam cada tecnologia e como essas escolhas impactam o comportamento e a durabilidade do veículo

Vitória
Publicado em 11/10/2025 às 01h58
Atualizado em 11/10/2025 às 04h58
câmbio automático
Cada tipo de câmbio automático tem seus pontos fortes e fracos. Crédito: Shutterstock

Na última coluna, falei sobre as diferenças entre os diversos tipos de câmbio automático disponíveis no mercado brasileiro. Agora, é hora de ver isso na prática, com alguns exemplos de carros que utilizam cada tecnologia e como essas escolhas impactam o comportamento e a durabilidade do veículo.

Vou listar aqui, cada um deles, com suas vantagens e desvantagens, para que você, leitor de A Gazeta, entenda qual tecnologia equipa o carro que você pretende comprar para evitar surpresas.

Automático com conversor de torque

São os mais tradicionais e suaves, equipam modelos mais populares como o Chevrolet Onix, Hyundai HB20, e o Volkswagen Polo. Eles são os preferidos de quem busca conforto no trânsito e trocas praticamente imperceptíveis, embora nem sempre sejam os mais econômicos.

CVT (transmissão contínua variável)

São conhecidos pela suavidade, eficiência e conforto. Aparecem em modelos como o Fiat Cronos (a partir de 2022) e o Fiat Argo (a partir de 2022), que adotaram o CVT junto ao motor 1.3 Firefly. O Toyota Yaris e o Nissan Versa também utilizam esse tipo de transmissão.

São opções ideais para quem roda muito na cidade e valoriza consumo baixo, mesmo que entreguem uma sensação de aceleração mais linear, sem aquelas trocas de marcha perceptíveis.

Automatizados de dupla embreagem banhados a óleo

Geralmente encontrados em SUVs médios e compactos, unem performance e esportividade. É o caso do Caoa Chery Tiggo 5X e do Tiggo 7, que usam versões atualizadas do câmbio DCT. Quando bem projetados, oferecem trocas rápidas e precisas, mas exigem manutenção criteriosa especialmente em uso severo ou com revisões negligenciadas.

Automatizados de dupla embreagem a seco

São os usados nas versões antigas de Ford Fiesta (2013 a 2017), Focus hatch e sedan (2014 a 2018) e EcoSport (2013 a 2017) com o câmbio Powershift. Esses modelos ficaram marcados pelos problemas de durabilidade e pelos trancos nas trocas, justamente por trabalharem sem o banho de óleo que ajuda na refrigeração e lubrificação das embreagens.

Automatizados de embreagem simples

Usados nos antigos Fiat Argo GSR (2017 a 2019) e Cronos GSR (2018 a 2019), além dos Volkswagen Fox e Up! I-Motion (entre 2014 e 2018). São os mais econômicos de produzir, mas também os que mais decepcionam no dia a dia. As trocas lentas e a sensação de tranco entre as marchas fazem muita gente desistir desse tipo de câmbio depois da primeira experiência.

Vale ressaltar que os exemplos que listei aqui são alguns de um universo muito maior de modelos disponíveis no mercado e quando você optar por adquirir o seu, é fundamental pesquisar o câmbio que o equipa. E, se for um usado ou seminovo, é importante saber se as manutenções preventivas estão em dia.

Lembre-se, nem todo automático é igual. E agora você sabe que o comportamento, o consumo e até o custo de manutenção mudam bastante conforme o tipo de câmbio que está ali, escondido entre o motor e as rodas.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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