
“Clássico é Clássico”. Um dos clichês preferidos no mundo do futebol é sucinto e eficiente para traçar um cenário que pode dar margem ao imprevisível mesmo quando há um amplo favoritismo de um dos lados. Expressando essa máxima dentro de campo, o Vasco derrotou o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, na noite desta quinta-feira (15), em partida que fechou a 9ª rodada do Campeonato Carioca.
Uma vitória para lavar a alma do clube, do elenco e principalmente da torcida. O Vasco não vencia o Flamengo desde abril de 2016, quando superou o rival por 2 a 0 pela semifinal do Estadual. E o fim do jejum de 17 partidas sem vencer o arquirrival veio em grande estilo. Um resultado maiúsculo, que premiou a organização tática do Gigante da Colina e certamente oferece novo fôlego ao elenco nesta temporada.
Se isoladamente o resultado não resolveu a vida do Vasco no Campeonato Carioca, apesar de manter o time vivo, e muito menos tira o favoritismo do Flamengo ao título, no contexto geral renova o ânimo para um ano que promete muitas dificuldades. Afinal, o time comandado por Marcelo Cabo venceu o grande favorito Flamengo, e de forma categórica, com estilo de jogo bem definido e que se mostrou eficiente.
O Vasco entrou em campo organizado para defender e contra-atacar. Desde o primeiro minuto de jogo o Gigante da Colina, ciente de suas limitações, ofereceu a bola ao Rubro-Negro. Mas o começo não poderia ser melhor. Aos cinco minutos, uma jogada um tanto despretensiosa se tornou em escanteio. Zeca cobrou na cabeça de Léo Matos, que testou para as redes.
A vantagem no placar deixou o jogo em uma temperatura interessante para o Vasco. O Flamengo que chegou a ter 76% de posse de bola na primeira etapa, dominou o campo de defesa vascaíno, mas parou na intensa marcação organizada pelo técnico Marcelo Cabo. O time de Rogério Ceni não conseguia evoluir até o gol. Em um momento de desatenção da zaga rubro-negra, o Cruz-Maltino acertou bom contragolpe que resultou no gol de Germán Cano.
No segundo tempo, o Vasco voltou apenas para assegurar a vitória. Permaneceu se defendendo bem, e quando seus defensores eram superados, o goleiro Lucão fez grandes defesas. Em novo contra-ataque, já aos 32 do segundo tempo, Morato partiu em velocidade, aplicou um drible desconsertante em Filipe Luís e bateu firme para fazer 3 a 0. Aos 47 o Flamengo conseguiu descontar com Vitinho, mas foi só.
CRAQUES DO FLAMENGO NÃO BRILHARAM E TIME SENTIU FALTA DE ARRASCAETA
É preciso pontuar que o Cruz-Maltino, apesar de muitos méritos, contou também com um dia apagado de muitos rubro-negros. Gérson e Éverton Ribeiro, mas uma vez foram muito mal. Gabigol e Bruno Henrique se esforçaram, mas não tiveram sucesso. E o time de Rogério Ceni sentiu muita falta de Arrascaeta, que lesionado, não entrou em campo.
A derrota está longe de ser o fim do mundo para o Flamengo. Vale o exercício de avaliar as falhas e corrigir os erros para os próximos desafios, principalmente para a Libertadores. Já para o Vasco, o resultado é um grande incentivo para o clube, que ganha uma força extra para embalar e buscar seus objetivos na temporada.
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