Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Sem alma e sem eficiência, Flamengo foi presa fácil para o São Paulo

Mesmo desfalcado, Rubro-Negro não pode jogar tão mal com o elenco que tem. Time esmureceu ao sofrer o primeiro gol, perdeu pênalti de forma bisonha e viu o São Paulo ser fatal

Vitória
Publicado em 19/11/2020 às 05h00
Vitinho isolou a cobrança de pênalti e jogou fora qualquer esperança de reação no jogo
Vitinho isolou a cobrança de pênalti e jogou fora qualquer esperança de reação no jogo. Crédito: Marco Galvão/Zimel Press/Agência O Globo

Está confirmado: o São Paulo é o pesadelo do Flamengo nesta temporada. Em apenas 18 dias, o Rubro-Negro perdeu três jogos para o Tricolor, um pelo Campeonato Brasileiro e dois pela Copa do Brasil. O inquestionável 3 a 0 na noite desta quarta-feira (18) foi a pá de cal no time comandado por Rogério Ceni, na competição mais democrática do país. Com méritos, a equipe de Fernando Diniz se classificou às semifinais e deixa para trás um Flamengo apático, sem alma e ineficiente.

À vontade para manter a posse de bola em seus pés, mas incapaz de agredir o adversário. O Flamengo de Rogério Ceni teve 66% de posse de bola no jogo contra o São Paulo, porém mais uma vez não conseguiu traduzir esse controle em bola na rede adversária. Do outro lado do campo, um Tricolor novamente cirúrgico, que soube aproveitar as falhas individuais e coletivas do setor defensivo rubro-negro para matar o jogo.

 Mesmo com desfalques importantes na partida (Rodrigo Caio, Filipe Luís, Gabigol e Pedro), e com Éverton Ribeiro no sacrifício durante o segundo tempo após atuar pela Seleção Brasileira, o Flamengo, pelo elenco que tem, não pode jogar tão mal assim. É inacreditável a quantidade de falhas decisivas que o time carioca comete.

Se no jogo de ida, o goleiro Hugo Souza teve falha crucial. Na partida de volta, o setor defensivo voltou a ter uma atuação trágica. Em duas oportunidades, Luciano correu sem marcação entre a defesa e fuzilou as redes. Está fácil entrar na área do Flamengo, independentemente da formação defensiva. No gol de Pablo, Arão recuou de forma irresponsável e entregou a bola no pé do atacante são-paulino.

No ataque, a ineficiência também dá as caras. A equipe gira a bola de um lado para o outro, mas não consegue finalizar com perigo. Das 17 finalizações, apenas cinco foram na direção do gol, e ainda assim sem grandes dificuldades para Volpi. Quando a chance apareceu em penalidade, Vitinho desperdiçou de forma bisonha. Isolou para muito longe do gol. O confronto estava acabado ali, depois assistimos apenas formalidades.

Ainda é cedo para avaliar o trabalho de Rogério Ceni no comando do Fla. Mas até aqui, pouquíssima evolução. Diante do frágil Atlético-GO, no último domingo pelo Brasileirão, também jogou mal. É bom o novo treinador encontrar o caminho que recupere o moral, o DNA campeão e o bom futebol desse elenco. Caso contrário, sua passagem pelo clube será breve.

APOTEOSE DE FERNANDO DINIZ

E o Fernando Diniz, hein? Sempre tão criticado por seu arrojado e perigoso estilo de jogo, está fazendo o São Paulo sonhar. Seu time anulou o Flamengo e tem muitos méritos nesta classificação. A saída de bola pensada e a marcação pressão garantiram a vitória no jogo de ida. Na volta, tranquilidade e inteligência para vencer no desespero do rival. O Grêmio será mais um osso duro pela frente, mas o São Paulo chega gigante ao confronto.

A Gazeta integra o

Saiba mais
Futebol São Paulo (SP) copa do brasil flamengo flamengo

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.