Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Pecados do Flamengo não foram perdoados pelo São Paulo

Rubro-Negro perdeu boas chances de gol e ainda viu seu goleiro falhar em momento crucial. Tricolor foi cirúrgico para chegar à vitória

Vitória
Publicado em 12/11/2020 às 05h03
Brenner marcou os dois gols da vitória do São Paulo, o segundo em falha grave do goleiro Hugo
Brenner marcou os dois gols da vitória do São Paulo, o segundo em falha grave do goleiro Hugo. Crédito: Miguel Schincariol/saopaulofc.net

Quando a partida entre Flamengo e São Paulo se encaminhava para um empate, um erro individual fez toda a diferença. Aos 42 minutos do segundo tempo, o goleiro Hugo tentou driblar o atacante Brenner, que roubou a bola e marcou o gol que garantiu a vitória tricolor por 2 a 1 no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (11), no Maracanã. O momento infeliz do arqueiro rubro-negro foi decisivo para o jogo, mas não pode esconder as falhas ofensivas do time carioca, e nem o poder de decisão da equipe paulista para chegar ao triunfo.

Em um confronto estudado e equilibrado, que marcou 50% de posse de bola para cada equipe, saiu vencedor quem foi mais preciso nas finalizações. O Rubro-Negro finalizou 12 vezes no gol tricolor. Desperdiçou pelo menos duas chances claríssimas, uma com Gabigol e outra com Arrascaeta. Do outro lado, em apenas quatro finalizações, o São Paulo foi capaz de definir a partida.

Em sua estreia no comando do Flamengo, Rogério Ceni armou seu time com uma estratégia muito clara: pressionar a saída de bola adversária. Com quatro atacantes (Gabigol, Bruno Henrique, Michael e Vitinho) e dois meio-campistas (Arão e Gerson), o treinador abriu mão da criação para apostar na marcação sob pressão. E foi assim que o Rubro-Negro criou suas principais chances no primeiro tempo. O ataque roubava a bola na saída de bola do São Paulo e finalizava logo na sequência. Só não chegou ao gol por incompetência na hora do arremate final. Mas sua defesa não ficou exposta, já que o time de Fernando Diniz nem conseguiu chutar ao gol na etapa inicial.

Sem conseguir abrir o placar na primeira etapa. Ceni fez uma substituição no intervalo: tirou Michael e colocou Arrascaeta. A marcação sob pressão logicamente se tornaria menos intensa, e a resposta do São Paulo apareceu logo aos dois minutos do segundo tempo. Sem a pressão de Michael justamente pelo lado direito, pela primeira vez na partida, o Tricolor conseguiu sair tocando pelo setor até Gabriel Sara dar belo passe para Brenner correr nas costas de Gustavo Henrique e finalizar para abrir o placar, no primeiro chute a gol do time paulista na partida.

Entretanto, o time de Fernando Diniz não conseguiu manter a dianteira do placar por muito tempo. Aos três minutos, após corte parcial do ataque rubro-negro, viu Bruno Henrique encontrar Gabigol livre para empatar o jogo. Desta vez, o atacante não perdoou, mas 20 minutos depois foi substituído, certamente por ainda não ter ritmo para jogar o 90 minutos. O meia Thiago Maia entrou em campo e Ceni reorganizou o time para retomar a marcação alta. Mas desta vez não foi suficiente para sua equipe balançar a rede. 

A luta do São Paulo, que no geral não teve uma boa atuação, foi recompensada. A pressão na saída de bola forçou Léo Pereira a recuar a bola para Hugo, que não conseguiu se livrar dar marcação de Brenner, que deu números finais ao jogo. Se o time de Fernando Diniz passou longe de ser brilhante, foi eficiente para matar o jogo: simplesmente o que interessa em uma competição de mata-mata. 

O São Paulo tem a vantagem do empate no jogo de volta, que acontece na próxima quarta-feira (19), no Morumbi. Mas o confronto está em aberto. O Flamengo tem potencial para vencer o jogo decisivo. Rogério Ceni apresentou estratégias interessantes no jogo e após uma semana de treino pode compreender ainda melhor o elenco. Já o time de Fernando Diniz é completamente imprevisível. No mesmo embalo que consegue se mostrar seguro e cirúrgico pode também apresentar vulnerabilidade. Não vai faltar emoção no jogo de volta.

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