Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Clubes omissos no combate ao racismo podem ter recursos federais cortados

Em Vitória,para a inauguração de novos espaços esportivos, o ministro André Fufuca afirmou que foi feita uma solicitação de alteração na Lei Geral do Esporte, para que clubes, federações ou confederações que não façam nada para coibir o racismo tenham o repasse de recursos federais suspensos

Ministro do Esporte, André Fufuca, participou da inauguração de novos espaços esportivos em Vitória
Ministro do Esporte, André Fufuca, participou da inauguração de novos espaços esportivos em Vitória. Crédito: Mateus Fonseca/Governo-ES

Evitar práticas de combate ao racismo poderá se tornar um motivo para perder recursos federais via Lei Geral do Esporte para clubes, federações e confederações. Trata-se uma solicitação do Ministério do Esporte à Casa Civil como uma medida mais firme na luta para erradicar a discriminação racial no esporte brasileiro. 

Em Vitória, para a inauguração de novos espaços esportivos, na tarde desta quarta-feira (12), o ministro do Esporte André Fufuca revelou que é preciso tomar medidas mais enérgicas no combate ao racismo e explicou a última ação do ministério. 

"A gente fez ontem uma solicitação à Casa Civil para que haja uma alteração no que diz respeito à Lei Geral do Esporte, lei que temos como parâmetro para o repasse dos recursos federais às confederações, federações e clubes. A gente sugere que todos aqueles clubes, federações ou confederações que não façam nada para coibir, e que não tenham ações práticas contra o racismo, tenham o repasse de recursos federais suspensos", declarou. 

A solicitação à Casa Civil surgiu após o episódio de racismo sofrido pelo atacante Luighi, do Palmeiras, em duelo contra o Cerro Porteño, válido pela Libertadores Sub-20. O Ministério do Esporte se manifestou oficialmente ao cobrar investigações da Conmebol. E também entende que não é um problema apenas em outros países da América do Sul, mas que também é recorrente no Brasil, e por isso pretende ser mais efetivo no combate ao racismo. 

"Essa é uma medida dura, firme, mas que ajuda muito no combate ao racismo. Até porque é um absurdo o que a gente vê hoje. O caso do Luighi é um caso absurdo, mas igual a esse tem vários casos que acontecem todos os dias e a gente não vê ação de quem pode fazer algo. Então pensando nisso, a gente entrou com essa solicitação de mudança porque eu acredito que é um passo importante no combate a uma prática que já deveria ter sido abolida há muito tempo. E infelizmente ainda há pessoas, em pleno ano de 2025, que têm isso como natural", finalizou Fufuca.

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