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"O melhor momento para criar é quando você não está inspirado", afirma designer

O designer, que recentemente conquistou uma premiação na Feira Internacional de Móveis Contemporâneos, participou de evento em Vitória e falou dicas para criadores e tendências do setor

Vitória
Publicado em 17/10/2025 às 19h08
Maurício Bomfim falou sobre o processo criativo por trás de suas peças
Maurício Bomfim falou sobre o processo criativo por trás de suas peças. Crédito: Yasmin Spiegel

Trabalhar com criatividade não é um dos processos mais fáceis. Afinal, as demandas que surgem de um mundo cada vez mais acelerado se refletem diretamente no processo criativo, que pode acabar sufocado em meio a pressão por criações. Nesse caso, o que fazer?

É essa a resposta que o designer de mobiliário Maurício Bomfim buscou responder durante sua participação na Canto Encanto Experience, evento realizado pela loja de móveis Canto Encanto. Lá, Bomfim, que conquistou recentemente um trófeu com sua poltrona Caju na Feira Internacional de Imóveis Contemporâneos, em Nova York,  compartilhou bastidores do seu processo criativo que, segundo ele, é um dos aspectos mais complexos de sua profissão.

“O processo criativo é um dos mais difíceis hoje. É você achar uma forma de tirar uma inspiração real de dentro de você. Eu lido muito com a natureza. Ela faz muita parte porque eu viajo muito para isso, para poder desconectar de tudo e me inspirar", afirma.

Além disso, o designer revelou ainda que o melhor momento para criar é, justamente, o momento em que menos está inspirado ou em busca de uma ideia. Além disso, ele mantém o hábito de registrar ideias em cadernos, para criar a partir do inusitado.

“Quando estou bloqueado, eu começo a rabiscar. Vou fazendo linhas, rabiscando mesmo. E depois começo a fazer pontos de fuga e consigo ver um desenho. A Caju partiu muito disso, dessa brincadeira. Criar métodos para tirar algo é muito importante”.

Sobre tendências, ele destacou que o estilo orgânico veio para ficar, deixando de ser uma simples "moda" para se tornar um modo de vida. Em sua fala, ele refletiu sobre como a pandemia transformou a relação das pessoas com a casa e impulsionou o desejo por ambientes mais acolhedores e fluidos.

“O orgânico na década de 60 e 70 veio como uma tendência, né? Ele veio e passou. E agora eu acredito que ele não veio como uma tendência. Acho que a pandemia, de certa forma, deu uma acelerada muito grande no orgânico. O que fez as pessoas olharem para dentro de casa, para a família, porque o orgânico aproxima”, afirma.

Ele também comentou sobre o futuro de suas criações: “Na minha próxima coleção, quero trazer um orgânico só com um pouco de linhas mais retas, mas ainda assim com todo esse respiro, com esse movimento, porque acredito nisso como parte do meu conceito. Essa ideia das peças mais brutalistas, da madeira mais grossa, do estofado mais robusto, é uma coisa que veio com força, mas acho que não vai durar muito tempo. Lá na frente, uma coleção mais limpa também vai voltar. Não que o orgânico vá passar, ele só vai ter um pouquinho mais de leveza”, finaliza. 

Confira peças

móveis
Poltrona Caju. Cloves Louzada
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Poltrona Luna. Cloves Louzada
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Poltrona Urucum. Cloves Louzada
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Chaise Baleia. Cloves Louzada
Chaise Baleia
Chaise Baleia
Chaise Baleia
Chaise Baleia

Brasil é primeiro país a ganhar hall exclusivo na Marmomac Itália

Brasil ganhou espaço exclusivo na Marmomac Itália 2025
Brasil ganhou espaço exclusivo na Marmomac Itália 2025. Crédito: Divulgação

Pela primeira vez em 59 anos, a Marmomac Itália dedicou um hall inteiro a um único país: o Brasil. O Pavilhão Brasileiro, no Hall 1, reuniu 41 empresas de quatro estados, com destaque para a presença do Espírito Santo com 26 empresas, e se tornou referência em rochas naturais, design e sustentabilidade.

O espaço central, It’s Natural – Brazilian Natural Stone, assinado pelo arquiteto capixaba Rômulo Pegoretti com jardins suspensos, atraiu visitantes de países como Estados Unidos, China, Arábia Saudita e Austrália. Além de gerar mais de US$ 8 milhões em negócios imediatos, a projeção para os próximos 12 meses ultrapassa US$ 141 milhões.

O evento também contou com talks para arquitetos e designers, mostrando mais de 1.200 variedades de rochas brasileiras. O designer capixaba Ludson Zampirolli também marcou presença na exposição internacional Epiphanies, enquanto a empresa Verzu conquistou o prêmio de Melhor Comunicador de 2025 na Seleção Forbes.

“Estivemos em evidência em todas as frentes: negócios, inovação, sustentabilidade e design. O Brasil sai desta feira mais fortalecido e com a certeza de que sua pedra natural é reconhecida como um material de excelência no mercado global", afirma Tales Machado, presidente da Centrorochas. 

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