Tendências, insights e novidades sobre o universo da arquitetura, design de interiores e decoração, em conteúdos assinados pela repórter do Hub Imobi Yasmin Spiegel

Conheça soluções que podem melhorar mobilidade urbana capixaba no verão

Cidades litorâneas que costumam receber aumento expressivo na quantidade de veículos e pedestres podem resolver problemas de congestionamento com soluções rápidas

Vitória
Publicado em 12/12/2025 às 15h22
Atualizado em 12/12/2025 às 15h22
Banhistas na praia da Sereia, em Vila Velha; calor, verão
Banhistas na praia da Sereia, em Vila Velha, uma das mais frequentadas no verão. Crédito: Ricardo Medeiros

Com a chegada do verão, cidades litorâneas como Vitória, Vila Velha e Guarapari voltam a sentir os efeitos do aumento expressivo no fluxo de veículos e pedestres. Afinal, o período de férias e alta temporada turística costuma intensificar congestionamentos, pressionar o transporte público e aumentar a demanda sobre áreas de lazer e avenidas litorâneas, gerando transtornos tanto para moradores quanto para turistas. 

O levantamento da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), baseado nos registros do transporte fretado, indica que o Espírito Santo recebeu 389.035 passageiros desse tipo de viagem em 2024, o que representa um crescimento acumulado de 121%  nos últimos três anos. O movimento mais intenso ocorreu no verão, com cerca de 52 mil passageiros em janeiro e 43 mil em dezembro. No consolidado anual, Guarapari foi o destino mais procurado, com 162.410 visitantes, seguida de Vitória, que recebeu 130.069.

Neste momento, em que os principais gargalos aparecem e que o debate sobre soluções precisa ganhar mais seriedade, Priscila Ceolin, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (Cau-ES), explica que a mobilidade no verão não deve ser encarada apenas como um problema de trânsito, já que a forma como as pessoas se deslocam está diretamente ligada à qualidade da experiência urbana.

"Falamos de calçadas adequadas, ciclovias seguras, sombreamento, sinalização eficiente e espaços públicos que tornem os trajetos mais agradáveis, especialmente quando a cidade está cheia", afirma.

A gestora destaca que várias ações rápidas podem aliviar a pressão sobre as áreas mais críticas. Uma delas é a criação de corredores de mobilidade sazonais, com faixas temporárias para ônibus e bicicletas em trechos de maior fluxo, o que reduz deslocamentos de curta distância feitos de carro e melhora o desempenho do transporte coletivo.

Outra estratégia é a ampliação de calçadas e de áreas destinadas ao pedestre, o que pode ser feito com plataformas temporárias e pequenos alargamentos de espaço público em regiões movimentadas. Em horários específicos, trechos da orla podem ser fechados para carros, medida que traz segurança e fluidez ao pedestre.

Além disso, a implementação de rotas de micromobilidade também se faz necessária, conectando estacionamentos, praias, polos gastronômicos, hotéis e áreas de lazer. Esses percursos sinalizados facilitam deslocamentos curtos, que representam parte importante do volume de carros no verão. Para reduzir a entrada de veículos nas zonas litorâneas, uma solução eficiente é a criação de bolsões de estacionamento periféricos com serviço de shuttle (transporte), que leva os visitantes até as áreas de maior interesse sem pressionar os bairros já saturados.

Outro ponto levantado pela presidente do CAU/ES é o reordenamento das operações de carga e descarga, que aumentam durante a alta temporada. Horários específicos, locais definidos para entrega e pequenos pontos de apoio logístico evitam paradas irregulares, protegem pedestres e mantêm as calçadas desobstruídas.

"Se conseguirmos estruturar soluções para essa época, conseguiremos replicá-las ao longo do ano. É uma oportunidade para que as cidades deixem de reagir ao problema e passem a se antecipar a ele. Políticas consistentes de urbanismo e mobilidade podem tornar o verão mais organizado e, ao mesmo tempo, fortalecer um ambiente urbano mais saudável, inclusivo e eficiente para toda a população", conclui.

Estudo revela 30 estilos do morar brasileiro

Ao longo de oito anos, a Arquiteto de Bolso, plataforma de acesso à arquitetura e ao design de interiores, transformou e analisou mais de 100 mil ambientes em todo o país e identificou 30 estilos de vida brasileiros, que se refletem em uma estética definida pela empresa como "própria, plural, afetiva e híbrida, que mistura referências regionais, memórias, influências contemporâneas e elementos naturais".

Essa diversidade de estilos foi que inspirou a marca a criar a AB Match, ferramenta que funciona como um diagnóstico de estilos, ajudando o usuário a descobrir o tipo de ambiente que mais traduz seu modo de viver. “Cada pessoa tem uma forma única de se relacionar com o espaço. Nosso papel é traduzir isso em ambientes que façam sentido para sua rotina e seu estado emocional”, explica Marcia Monteiro, arquiteta, CEO e cofundadora da Arquiteto de Bolso.

Conheça alguns desses estilos:

Bossa Natural

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Modelo de estilo Bossa Natural. Crédito: Arquiteto de Bolso

O Bossa Natural aposta em uma paleta suave, areia, branco, verdes delicados e argilas claras, combinada a materiais orgânicos como linho, algodão cru, madeira clara e pedras naturais. As formas são fluidas, com móveis de curvas leves e peças artesanais esculpidas à mão, criando uma atmosfera sensorial e acolhedora. A decoração privilegia cestos de palha, vasos de barro, arte local e objetos com história.

Sampa Industrial

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Modelo de estilo Sampa Industrial. Crédito: Arquiteto de Bolso

Inspirada no estilo de vida paulista, o Sampa Industrial une a força das texturas urbanas, como o concreto, aço e tijolo, com o modernismo brasileiro. A paleta é sóbria, com cinzas, preto, ferrugem, verde musgo e madeira natural. O estilo traz referências paulistanas como grafismos urbanos, mapas e inspirações de Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha. Os ambientes têm linhas retas, estruturas aparentes e design funcional, com vegetação pontual e elementos pessoais que completam o clima cosmopolita.

Nordeste Moderno

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Modelo de estilo Nordeste Moderno. Crédito: Arquiteto de Bolso

O Nordeste Moderno combina materiais naturais e texturas rústicas de palha, cerâmica artesanal, madeira clara e fibras com linhas limpas e um toque minimalista. A paleta traz cores terrosas e solares como areia, terracota, azul cobalto, verde cacto, amarelo e branco cal, criando ambientes luminosos, leves e acolhedores. O estilo também celebra a cultura nordestina por meio de xilogravuras, renda, cordel, elementos do sertão e do litoral, com peças artesanais.

Tropical Samba Chic

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Modelo de estilo Tropical Samba Chic. Crédito: Arquiteto de Bolso

O Tropical Samba Chic combina a vibração das cores tropicais, como verde palmeira, azul piscina, pink e amarelo ouro, com pontos de dourado. Os materiais são leves e naturais, como linho, bambu e palha trançada. Padrões de folhagens, frutas e grafismos inspirados na calçada de Copacabana reforçam a identidade brasileira com alegria visual. Elementos culturais ligados ao samba e à música trazem personalidade, seja em obras de arte temáticas ou instrumentos decorativos como pandeiro e cavaquinho. A estética glam aparece em luminárias douradas, espelhos arredondados e móveis curvos, compondo ambientes alegres.

Contemporâneo

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Modelo de estilo Contemporâneo. Crédito: Arquiteto de Bolso

O estilo Contemporâneo equilibra elementos atuais e clássicos, criando ambientes sofisticados sem excessos. Predomina uma paleta de tons neutros, complementada por pontos de cor estratégicos que trazem personalidade. Os espaços são integrados, funcionais e bem planejados, valorizando a circulação e a praticidade. O mobiliário apresenta linhas limpas e design minimalista, e os materiais e soluções adotados refletem tecnologia e inovação.

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