O projeto para a construção de uma usina de dessalinização de água em Guarapari, orçada em algo perto de R$ 1 bilhão e que deve ser a maior do Brasil, deu um importante passo na última semana. O Conselho Gestor de Parcerias, que fica na estrutura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, aprovou e homologou os estudos. A proposta apresentada pela multinacional espanhola GS Inima ficará disponível, por 30 dias, para que especialistas, representantes do mercado, instituições e cidadãos possam contribuir com sugestões e aprimoramentos. Todo o material será avaliado por uma equipe técnica e, caso passe pelo crivo, será incluído no edital de concorrência. O objetivo da Cesan é fazer o leilão da dessalinizadora até o final de 2026, na B3, em São Paulo.
Depois da audiência pública, serão mais duas casas antes do leilão: Procuradoria-Geral do Estado, para emissão de parecer jurídico, e Tribunal de Contas do Estado. A expectativa da Cesan é que o leilão atraia empresas internacionais, como aconteceu nas últimas ofertas públicas feitas pela companhia estadual de saneamento - a de água de reúso e o esgotamento sanitário de 43 cidades capixabas, vencidos pelas espanholas GS Inima e Acciona.
O projeto que está sendo analisado foi feito pela GS Inima. Trata-se de uma Manifestação de Interesse Privado, que se dá quando uma empresa privada apresenta, de maneira espontânea, uma proposta ao poder público. Os estudos apontam para uma unidade com capacidade para tratar 1.216 litros por segundo de água do mar, em Guarapari - às margens da Rodovia do Sol, perto do limite com Vila Velha. O investimento previsto é de R$ 1,07 bilhão. O local para a implantação foi escolhido por se tratar de uma região com histórico de falta de água. O tamanho da unidade foi projetado observando um horizonte de 40 anos de crescimento populacional, incluindo a população flutuante das temporadas de verão.
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