Na última sexta-feira (17), quando esteve no Espírito Santo para o Pedra Azul Summit, da Rede Gazeta, o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, se disse otimista com uma solução na renegociação das renovações de duas ferrovias - Carajás e Vitória-Minas - entre a mineradora e o governo federal. "As conversas estão andando, estou otimista com uma solução".
Quatro dias depois da declaração de Pimenta, quem passou pelo Estado foi o ministro dos Transportes, Renan Filho, responsável por tocar a conversa com a Vale. Questionado sobre o tema, ele não deixou por menos. "Ele está mais otimista do que eu. É importante que a Vale se esforce para termos um entendimento, seria muito importante para destravar esta importante intervenção de infraestrutura".
O ministro refere-se ao projeto da EF 118, projeto de ferrovia ligando Vitória à Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A engenharia financeira original montada pelo governo federal é a seguinte: a Vale pagaria alguns bilhões de reais a mais ao governo federal pela renovação antecipada de Carajás e Vitória-Minas, assinada lá em 2021, e parte desse dinheiro, cerca de R$ 2 bi, viria para dar viabilidade econômica à concessão da EF 118, que deve ser ofertada à iniciativa privada em 2026.
"O que eu posso dizer a você é que o leilão da EF 118 vai sair e que a Vale tem a obrigação de fazer o trecho entre Santa Leopoldina e Anchieta. Sobre Carajás e Vitória-Minas, o tema está no TCU. Estamos sempre abertos a negociar, mas não houve acordo. Como são ativos do governo federal, podemos caminhar para um novo leilão", disse Renan Filho.
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