Bastidores e informações exclusivas e relevantes sobre os negócios e a economia do Espírito Santo

Produção de pelota inovadora da Vale vai começar a acelerar no ES

O briquete é um novo aglomerado de minério de ferro desenvolvido pela mineradora brasileira. A primeira usina do mundo fica em Tubarão em foi inaugurada em 2023

Vitória
Publicado em 08/08/2025 às 03h00
Vale inaugura a primeira fábrica de briquetes do mundo
Vale inaugura a primeira fábrica de briquetes do mundo. Crédito: Fernando Madeira

Entre janeiro e julho de 2025, a Vale produziu 180 mil toneladas de briquete de minério de ferro na usina, inaugurada em dezembro de 2023, na Ponta de Tubarão, Vitória. Até o final deste ano, devem ser produzidas 600 mil toneladas de briquete. Embora a capacidade da unidade seja de 2 milhões de toneladas por ano, é possível afirmar que, após um ano e meio de operação, a planta começará a acelerar.

“O briquete é um produto totalmente novo, que precisa de uma curva de desenvolvimento tecnológico e de processo. Isso requer um time especializado e tempo. Nossos esforços estão voltados para a planta já inaugurada e para os testes em andamento, que serão fundamentais para redefinir a data de inauguração da segunda usina”, explica Rodrigo Ruggiero, diretor de Pelotização e Briquetes da Vale.

A primeira usina de briquete do mundo está fornecendo o produto para testes de longa duração em diferentes clientes e mercados do planeta. A ideia da Vale é consolidar o potencial do novo aglomerado de minério. “Confiamos que o briquete é um produto revolucionário, que apoiará nossos clientes na descarbonização da siderurgia”.

A Vale, pelo menos até agora, pretende inaugurar a segunda usina de briquete até o final de 2025. De acordo com o relatório de desempenho da companhia do primeiro trimestre, as obras físicas já estão praticamente prontas. As duas unidades, construídas no espaço que antigamente era ocupado pelas usinas de pelotização 1 e 2 de Tubarão, que eram as mais antigas, receberão um investimento total de US$ 342 milhões (R$ 1,94 bilhão a preço de hoje) e terão capacidade para 6 milhões de toneladas por ano.

O briquete verde, desenvolvido e patenteado pela Vale, é uma nova forma de aglomeração de minério de ferro, diferente da tradicional pelota. Foi batizado de verde porque, pelas contas da mineradora, reduz em até 10% a emissão de gases de efeito estufa em relação ao processo tradicional. O uso do briquete elimina a etapa de sinterização da produção de aço. O briquete é produzido a partir da aglomeração a baixas temperaturas de minério de ferro utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes, que confere elevada resistência ao produto final. De acordo com a mineradora, o novo aglomerado ainda reduz a emissão de particulados e de gases como dióxido de enxofre (SOX) e o óxido de nitrogênio (NOX). O uso da água é dispensado durante a fabricação.

Correção

8 de agosto de 2025 às 11:46

As duas novas usinas de briquete da Vale produzirão 6 milhões de toneladas do produto por ano, mas a divisão não é de 3 milhões para cada, como publicado originalmente. A Usina 1 tem capacidade para 2 milhões de toneladas e a Usina 2 para 4 milhões de toneladas. Pelo erro, peço desculpas.  

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.