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Poucas vezes os municípios capixabas tiveram tanto dinheiro em caixa

Os 78 municípios do Espírito Santo fecharam 2022 com R$ 2,47 bilhões disponíveis. Desde 2020, as prefeituras do ES vêm registrando indicadores positivos de suficiência financeira

Publicado em 18/09/2023 às 03h52
Prédio da Prefeitura Municipal de Vitória
Prédio da Prefeitura Municipal de Vitória: Capital é a cidade que fechou 2022 com o maior caixa. Crédito: Fernando Madeira

Os 78 municípios do Espírito Santo fecharam 2022 com R$ 2,47 bilhões disponíveis no caixa. O montante é 22,8% superior aos R$ 2,01 bilhões registrados em 2021, valor já bem acima da média tradicional. Para efeito de comparação, em 2019, portanto antes da pandemia, as cidades do Estado fecharam o ano com uma disponibilidade de caixa de R$ 630 milhões. A suficiência financeira é uma ótima métrica para avaliar a saúde fiscal de curto prazo. Os dados estão na Revista Finanças dos Municípios Capixabas.  

Desde 2020, os municípios capixabas vêm registrando indicadores positivos de suficiência financeira. Naquele ano, a melhora da disponibilidade de caixa foi influenciada pelo fato de ser último ano de mandato, quando é proibido às administrações deixarem despesas para o exercício seguinte sem cobertura financeira, bem como pelo repasse de recursos da União aos estados e municípios a fim de reforçar os orçamentos para o enfrentamento da Covid-19. Assim, as prefeituras capixabas fecharam o exercício com uma sobra de caixa da ordem de R$ 1,21 bilhão, quase o dobro do ano anterior.

As maiores disponibilidades de caixa, em 31 de dezembro de 2022, foram registradas em Vitória (R$ 895,6 milhões), Presidente Kennedy (R$ 362,2 milhões), Aracruz (R$ 232,5 milhões), Serra (R$ 174,5 milhões), Vila Velha (R$ 80,8 milhões), Linhares (R$ 73,8 milhões), Colatina (R$ 56,8 milhões) e Cachoeiro de Itapemirim (R$ 52,5 milhões). Além do dado fiscal, tem uma questão política aqui, afinal, o ano de 2024 é de eleições municipais. Quem souber tomar conta do caixa e, claro, tiver planejamento e um bom operacional, terá boas condições de ampliar as entregas em pleno ano eleitoral.

Sem dúvida é o período de maior tranquilidade fiscal entre as prefeituras capixabas desde o começo da década passada, quando uma resolução do Senado implodiu o Fundap e afetou bastante os caixas municipais.  

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