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Porto de Vitória mais profundo é prioridade dos novos donos da Codesa

Após dragagem, canal da Baía de Vitória passou a ter condições naturais para receber navios com 13 metros de calado, mas Marinha precisa dar autorização

Publicado em 14/07/2022 às 15h39
Após a tripulação do navio Robert Maersk testar positivo para Covid-19 e cumprir a quarentena, eles deixam o Porto de Vitória
Navio no canal da Baía de Vitória. Crédito: Fernando Madeira

Após a conclusão da dragagem de manutenção, o canal da Baía de Vitória voltou, na semana passada, a poder receber navios com 12,5 metros de calado (profundidade de uma embarcação a partir da linha d'água). Antes disso, estava em 11,2 metros. A notícia já é boa, mas pode ficar melhor. O serviço deixou o canal em condições naturais de receber embarcações com calado de 13 metros.

Para que a profundidade maior vire realidade e o complexo portuário de Vitória receba navios com mais carga é preciso que a Marinha dê o ok. Para isso, o dono do porto - em 22 de agosto a Codesa passará o bastão para o fundo da Quadra Capital que venceu o leilão de privatização realizado no começo do ano - precisa acionar a Marinha. A informação é de que este trâmite é tratado como prioritário pelos novos donos da Codesa e pelo time que está fazendo a transição do negócio. A análise costuma levar entre dez e doze meses.

"As simulações virtuais e demais procedimentos precisam ser feitos pelos donos do porto, que são os interessados. Precisam acionar a Marinha e dar os subsídios. Com base nisso terão ou não a autorização para receber embarcações maiores. Isso já está sendo tratado pela Quadra e pela equipe de transição", explicou Júlio Castiglioni, ex-presidente da Codesa e que hoje atua como consultor da Quadra.

Segundo ele, o aumento de meio metro, que pode parecer pouco, aumenta bastante a competitividade do complexo portuário de Vitória. "Com 13 metros poderemos receber 94% da frota mundial de navios Panamax (termo que designa os navios que possuem o tamanho máximo para passar nas eclusas do Canal do Panamá) com sua plena capacidade. Hoje, com 12,5 metros, essas mesmas embarcações precisam entrar, por conta da profundidade, com até 25% a menos de carga, na média. É uma diferença enorme, que faz toda a diferença", finalizou Castiglioni.

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