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Empresários do Turismo insatisfeitos com a prefeitura de Guarapari

O município anunciou, nesta quinta-feira (4), várias medidas que visam organizar o movimento na cidade. Empresariado teme uma trava nos negócios em pleno verão

Vitória
Publicado em 05/12/2025 às 03h00
Banhistas aproveitam o dia sol na praia do Morro, em Guarapari
Banhistas aproveitam o dia sol na Praia do Morro, em Guarapari. Crédito: Ricardo Medeiros

Empresários que compõem o chamado trade turístico não ficaram nada satisfeitos com as medidas anunciadas pela Prefeitura de Guarapari, nesta quinta-feira (04), sob a alegação de organizar o trânsito de veículos e pessoas nas vias urbanas da cidade. O foco está nos períodos de grandes concentrações, caso do verão, que começa no próximo dia 21. O decreto, que é cheio de detalhes (um enorme problema, na visão do empresariado), entre outras coisas, limita a circulação a ônibus, vans, carros, city tours e até a entrada de utensílios domésticos levados por pessoas de fora. A prefeitura também estabelece rotas exclusivas para os turistas chegarem aos pontos mais movimentados da cidade. Os veículos de excursão que quiserem circular por Guarapari terão de fazer cadastro e pagarão diária.

O empresariado considera o pagamento da taxa uma medida aceitável, afinal, já acontece em diversas outras regiões turísticas do Brasil e do mundo. A questão está nas outras tantas limitações impostas. "O setor produtivo e o próprio poder público estão fazendo uma série de ações para alavancar o turismo de Guarapari, mas este decreto não vai ajudar em nada. Trata-se de um conjunto de medidas completamente improdutivas. Além de serem ruins, estamos a menos de 20 dias do verão, como é que irão viabilizar isso? Onde estão os mapas com as rotas? Lamentável", disparou um graduado dirigente do setor.

"Não estou nem falando da cobrança, acho até ok, mas colocar hotéis e pousadas no mesmo pacote de casas de temporada é lamentável. Tem limitação de city tour e até de utilização de estacionamento particular. Ficou bem ruim", disse o empresário.

Os empresários ainda estão digerindo o decreto publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, mas medidas judiciais não estão descartadas. "É claro que todos queremos uma cidade mais organizada, com trânsito adequado de pessoas e veículos, mas tudo isso precisa ser muito bem estudado, discutido e planejado, sob pena de prejudicar muito uma cadeia de negócios importante para a cidade em pleno verão, que é o melhor momento do ano", afirmou o dirigente. 

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