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DER e Iopes: Casagrande deve mexer na maior autarquia do ES

De acordo com auxiliares próximos do governador, fusão feita em 2019 deixou o DER muito grande e, consequentemente, pesado. Objetivo é dar mais velocidade às ações

Publicado em 18/01/2023 às 03h59
Posse do Governador Renato Casagrande e do  Vice-Governador Ricardo Ferraço, na Ales
Posse do governador Renato Casagrande na Ales. Crédito: Fernando Madeira

A estrutura central de governo para a largada do terceiro mandato de Renato Casagrande está praticamente pronta. Praticamente porque ainda falta uma decisão importante a ser tomada pelo mandatário: a volta do Iopes (Instituto de Obras Públicas do Estado) e a consequente redução de tamanho do DER - hoje, Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado do Espírito Santo e que voltaria a ser Departamento de Estradas de Rodagem.

O orçamento do DER para 2023 é de R$ 908,2 milhões. A maior autarquia do Estado tem mais recursos  que grande parte das secretarias. Portanto, a decisão a ser tomada por Casagrande nas próximas semanas é bastante relevante, afinal, a autarquia possui centenas de obras e contratos espalhados por todo o Estado. A possibilidade de mudança chegou a ser noticiada em novembro e dezembro, fase de "transição" do governo, mas entrou em porto morto, agora, o debate voltou a esquentar.

Criado em 2007, o Iopes era responsável pela construção, manutenção, ampliação e melhorias de todos os prédios e estruturas pertencentes ao patrimônio do Estado. Só ficavam de fora da responsabilidade do órgão as rodovias estaduais, que eram da conta do DER. Em outubro de 2019, primeiro ano do segundo mandato de Casagrande, foi enviado um projeto de lei, que acabou aprovado pela Assembleia Legislativa, fundindo Iopes com DER e criando o Departamento de Edificações e Rodovias do Estado. A ideia era economizar recursos, aumentar a sinergia e dar celeridade às intervenções. Os recursos até foram economizados, mas a autarquia ficou muito grande, e o governador quer mais velocidade.

Um pouquinho de história: o movimento que está sendo estudado agora pelo governador é igual ao que aconteceu na primeira década deste século. Em 2002, ainda no governo de José Ignácio Ferreira, foi criado o Dertes, Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes do Estado do Espírito Santo. A autarquia nasceu da fusão do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) com o antigo DEO (Departamento de Edificações e Obras). Em 2007, já no segundo mandato de Paulo Hartung, o Dertes foi dividido em duas autarquias: DER (Departamento de Estradas e Rodagem do Estado) e Iopes.

Luiz Cesar Maretto, colaborador da confiança do governador, deve seguir no governo. Não se sabe se no Iopes ou no novo DER.

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