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Exportação de rochas: perda de fôlego em 2022 e otimismo para 2023

Expectativa de novo recorde de vendas no ano passado foi frustrada por uma série de problemas, inclusive logísticos, mas as perspectivas são boas para 23

Publicado em 17/01/2023 às 14h30
Produção de rochas ornamentais é principal atividade no Sul
Produção de rochas ornamentais é principal atividade no Sul. Crédito: Weverson Rocio/setur-es

Maiores exportadoras de rochas ornamentais do Brasil, as empresas do Espírito Santo venderam US$ 1,05 bilhão para o mercado externo em 2022. O número é 5,9% inferior ao registrado em 2021, que foi o melhor ano da série histórica. O Estado responde por 82% do faturamento brasileiro no setor (o Brasil exportou US$ 1,28 bi em 2022, 4% a menos que no ano anterior). Os números foram levantados e compilados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas).  

O problema, de acordo com Centrorochas e com o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado (Sindirochas), se deu no último trimestre do ano passado. Os primeiros seis meses de 2022 foram muito bons, com expansão de 8,4% nas vendas. "Enfrentamos muitos desafios como a complexidade logística, alta no valor do frete marítimo, principais clientes com estoque abastecido e, claro, a concorrência com os materiais artificiais. Os números do último trimestre de 2022 apontaram uma expressiva retração nas exportações, podendo haver ainda reflexos no primeiro bimestre de 2023. Ainda assim, temos a expectativa de que o mercado venha a reagir”, assinala o presidente do Centrorochas, Tales Machado.    

“Entendo que uma série de fatores contribuíram para tal resultado. Juntam aos já mencionados a queda na atividade econômica em nossos principais mercados e o redirecionamento de recursos para aquisição de materiais concorrentes que estavam com a indicação de elevação de carga tributária em curto prazo”, aponta Ed Martins, presidente do Sindirochas. Em 2022, Estados Unidos, China e Itália representaram, respectivamente, 58%, 13% e 8% do total das exportações do país.

Diante da forte concorrência imposta por materiais artificiais fabricados na Ásia, os empresários apostam em ações para ampliar o mercado lá fora. Em breve será lançado o projeto "It's Natural - Brazilian Natural Stone", desenvolvido pelo Centrorochas em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

As feiras também receberão atenção especial. A começar pela Vitória Stone Fair, que voltará a ser realizada, entre 7 e 10 de fevereiro, depois de dois anos (por causa da pandemia) sem o evento. A expectativa é de que mais de R$ 1 bi em negócios sejam gerados durante o evento. “O  Brasil é destaque há anos como o principal exportador de pedras naturais do mundo, a feira, por ajudar a mostrar esse portfólio, é um gerador de negócios”, afirma Flavia Milaneze, CEO da Vitória Stone Fair.

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