Lançado em 2019 pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o Indicador de Ambiente de Negócios (IAN) monitora o andamento do desenvolvimento socioeconômico do Estado. São avaliados quatro grandes eixos: Gestão Pública, Infraestrutura, Capital Humano e Potencial de Mercado. Para chegar às notas são analisadas 12 categorias e 42 indicadores. Em sua sétima edição, a nota média estadual (vai de zero a dez) ficou em 5,36. Em 2019, era de 4,08, portanto, um crescimento médio anual de 4,7% ao ano. Estamos avançando, mas é importante olhar para os detalhes.
A Gestão Pública recebeu nota 5,92, Infraestrutura ficou com 5,82, Capital Humano com 5,24 e Potencial de Mercado, aqui que mora o maior desafio, estacionou em 4,47. Em 2019 as notas eram as seguintes: Infraestrutura, 4,52; Capital Humano, 3,76; Gestão Pública, 3,61; e Potencial de Mercado, 4,43. Avançamos em tudo, menos em Potencial de Mercado. Mas o que exatamente significa isso? É o tamanho da população capixaba? Conta, mas não é só isso.
Os economistas da Findes analisam vários indicadores antes de dar a nota geral do Potencial de Mercado: média dos investimentos do BNDES; operações de crédito por município; diversidade econômica; patentes; trabalhadores nas ocupações de ciência e tecnologia; trabalhadores nos setores da economia criativa e inovação; crescimento médio do PIB nos últimos três anos; PIB per capita; proporção entre grandes e média empresas por micro e pequenas empresas; e razão de dependência e renda média dos trabalhadores formais. Uns indicadores vão melhor e outros vão pior, mas o fato é que, no conjunto disso tudo, estamos andando de lado. Portanto, este é o grande tema a ser enfrentado por prefeituras, Estado, setor produtivo e sociedade como um todo.
Os especialistas afirmam que o Espírito Santo precisa se planejar, entender o tamanho do desafio e apostar firme na diversificação e no aumento da complexidade da sua economia. A indústria tem um papel fundamental nisso aí. Movimentos como o da Suzano, que passou a fabricar papel tissue (para higiene pessoal) no mesmo complexo que sempre produziu apenas celulose e da ArcelorMittal, que pretende construir uma linha de galvanizados e um laminador de tiras a frio em Tubarão, são fundamentais nesse processo. Os dados de inovação, de patentes e de quantidade de trabalhadores nas áreas de ciência e tecnologia mostram que, também nesta área, ainda há um enorme campo a ser conquistado pela economia capixaba.
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