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PF vai investigar relato sobre vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

PF vai investigar relato sobre vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

Suplente do senador diz que o próprio Flávio contou que um delegado o avisou sobre a operação que revelaria o caso Queiroz

Publicado em 17 de maio de 2020 às 20:24

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Flavio Bolsonaro e Fabrício Queiroz
Flávio Bolsonaro, de camisa branca, e Fabrício Queiroz, fazendo gesto de armas com as mãos, almoçam com Jair Bolsonaro. Até outubro de 2018, Queiroz era assessor de Flávio na Assembleia do Rio. (Divulgação)

Em nota, a corporação afirmou que a reportagem aponta "a eventual atuação em fatos irregulares de pessoa alegadamente identificada como policial federal, no bojo da denominada operação."

"Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje [domingo, 17], a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados", informa a nota.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio no Senado e pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro, disse ter sido procurado pelo congressista na campanha, em 2018, em busca de traçar uma estratégia de defesa contra possível investigação sobre seu ex-assessor na Assembleia Legislativa de São Paulo, Fabrício Queiroz, que o envolveria num suposto esquema de "rachadinha".

Ele relatou que um delegado da PF vazou a Flávio e seus auxiliares, uma semana após o primeiro turno, que seria deflagrada a Furna da Onça contra deputados estaduais do Rio, a qual atingiria Queiroz.

A PF afirmou neste domingo que a operação policial foi deflagrada no Rio de Janeiro em 8 de novembro de 2018, tendo os mandados judiciais sido expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região, a partir de representação do Ministério Público Federal, em 31 de outubro, "portanto, poucos dias úteis antes da sua deflagração".

A corporação disse ainda que notícia anterior de vazamento da operação foi apurada por meio de um inquérito já relatado --a nota não diz quais foram as conclusões dessa apuração. "A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais", acrescentou.

Também neste domingo, a PGR (Procuradoria-Geral da República) informou que vai analisar o relato do empresário. O procurador-geral, Augusto Aras, discutirá a denúncia com a equipe de procuradores que atua em seu gabinete em matéria penal.

Deve decidir se cabe investigar o caso no âmbito do inquérito que apura, com base em denúncias do ex-ministro Sergio Moro (Justiça), se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir indevidamente na Polícia Federal. Ele poderá requerer o depoimento de Marinho, o que não está definido por ora.

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