Publicado em 10 de junho de 2020 às 10:52
O remdesivir, um dos remédios que vêm sendo testados contra o novo coronavírus e que já trouxe alguns resultados promissores, foi capaz de reduzir a carga viral e evitar danos aos pulmões de macacos infectados com o Sars-CoV-2, o agente causador da Covid-19. É o que mostra um estudo americano publicado ontem na revista Nature. >
A pesquisa avaliou os efeitos da droga em dois grupos de seis macacos resus infectados apenas 12 horas antes com o vírus - é nesse período que ocorre o pico de replicação do vírus nos pulmões dos animais.>
A ideia era checar se um uso precoce do remédio poderia ser eficaz contra a doença. Um dos grupos recebeu a droga 12 horas após a inoculação e depois a cada 24 horas, por seis dias.>
Os macacos que receberam o tratamento não mostraram sinais de doença respiratória e tiveram redução nas infiltrações pulmonares observadas em radiografias, na comparação com os que receberam um placebo.>
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As cargas virais no trato respiratório inferior dos animais tratados eram cerca de 100 vezes mais baixas do que no grupo controle. Após três dias, o vírus já não pôde mais ser detectado, mas ainda era detectável em quatro dos seis animais que não receberam o remédio.>
Não houve impacto, porém, no chamado "derramamento viral", o que indica que a melhora clínica pode não corresponder à falta de infecciosidade.>
A equipe fez necropsias nos animais e observou que as cargas virais nos pulmões do grupo tratado com remdesivir eram mais baixas e houve uma redução no dano a esses órgãos. >
Apesar de o modelo animal contaminado com o Sars-CoV-2 desenvolver uma doença de leve a moderada, sem a gravidade observada em pacientes com a Covid-19, os pesquisadores indicam que os resultados apoiam o início precoce do tratamento com remdesivir, um antiviral, em pacientes com Covid como forma de prevenir progressão para pneumonia. >
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