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OMS cita Brasil como lugar de "perda de controle'"sobre Covid-19

OMS cita Brasil como lugar de "perda de controle'"sobre Covid-19

Diretor da organização afirmou que a situação atual no mundo é "muito instável", com piora nos números e não foi atingido o objetivo  de vacinar os mais vulneráveis

Publicado em 14 de abril de 2021 às 18:35

 - Atualizado há 4 anos

Vítimas de Covid-19 são enterradas no Cemitério Vila Formosa em São Paulo (SP), que teve um aumento de enterros por conta da doença
Vítimas de Covid-19 são enterradas no Cemitério Vila Formosa em São Paulo (SP), que teve um aumento de enterros por conta da doença Crédito: Ronaldo Silva/Futura Press/Folhapress

O diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mike Ryan, citou nesta quarta-feira (14), o Brasil como um caso de "perda de controle" na luta contra a pandemia. Durante sessão virtual de perguntas e respostas da entidade sobre a covid-19, Ryan afirmou que a situação atual no mundo é "muito instável", com piora nos números. "Infelizmente estamos vendo muitas mortes em muitos países", comentou.

Ryan disse que ainda não foi atingido o objetivo de vacinar os mais vulneráveis em toda parte. Ele admitiu que há pessoas que enfrentam dificuldades para manter medidas que evitam transmissões, como o distanciamento social, pois precisam trabalhar para sobreviver.

Também presente no evento, a diretora técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, destacou a alta recente nos casos em alguns países.

Segundo ela, nos últimos dias houve avanço nos registros da doença em Índia, EUA, Brasil, Turquia e França. Ela advertiu ainda para o fato de que as mortes pela doença crescem no mundo e também para a existência de novas cepas, mais contagiosas.

Ryan disse que as vacinas não podem controlar a onda atual de contaminações, já que há escassez de imunizantes em grande parte do mundo. "Temos de confiar em todas as medidas, não apenas em vacinas", lembrou, referindo-se a medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Ele ainda comentou que, se a perspectiva de haver vacinas induzir as pessoas a reduzirem as medidas de segurança agora, isso pode ser contraproducente na emergência de saúde.

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