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Justiça tranca ação contra Boulos no caso do tríplex do Guarujá

Justiça tranca ação contra Boulos no caso do tríplex do Guarujá

Em abril de 2018, integrantes do movimento sem teto invadiram o imóvel para protestar; magistrados consideraram que não havia indícios mínimos que justificassem o seguimento do processo

Publicado em 21 de junho de 2021 às 17:03

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Guilherme Boulos
A Justiça Federal trancou a ação penal em que Guilherme Boulos (PSOL). (Ian Maenfeld/Folhapress)

A Justiça Federal trancou a ação penal em que Guilherme Boulos (PSOL) e mais duas pessoas eram acusadas de invadir o tríplex de Guarujá (SP) cuja propriedade era atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Lava Jato.

A decisão é válida, por enquanto, apenas para Boulos, que é defendido pelo advogado Alexandre Pacheco Martins.

Os magistrados que julgaram o caso consideraram que não havia indícios mínimos que justificassem o seguimento do processo. "A farsa começa a ser desmontada", disse o ex-presidenciável à reportagem.

Em fevereiro, Boulos se tornou réu depois de a 6ª Vara Federal de Santos (SP) aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele.

O advogado entrou com pedido de habeas corpus na 1ª Turma Recursal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. E obteve vitória.

Ele alegava que não fazia sentido o MPF alegar "destruição de coisa própria", como se Lula e Boulos tivessem participado de um ato contra uma propriedade do petista que estava bloqueada pela Justiça.

Lula chegou a ser condenado por causa do tríplex, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que o então juiz Sergio Moro foi parcial na condução do processo contra ele.

O defensor de Boulos afirmava também que não havia "o mínimo" indício de participação do coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

O pleito do advogado de Boulos teve a concordância da procuradora Luciana da Costa Pinto.

Em abril de 2018, integrantes do MTST entraram no apartamento para protestar contra a condenação de Lula. Eles diziam ironicamente que, se o imóvel pertencia ao petista, poderiam entrar lá quando quisessem, já que eram próximos do petista.

A pena prevista para o crime tipificado pelo MPF é de seis meses a dois anos de prisão, mais multa.

​"A decisão demonstra a inocência de Guilherme Boulos, que vinha sendo sustentada desde o início", afirma o advogado Pacheco Martins.

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