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Instagram coloca 'alerta de fake news' em postagem de Bolsonaro

Instagram coloca 'alerta de fake news' em postagem de Bolsonaro

Presidente republicou postagem de deputado cearense que afirmava que número de mortes por doenças respiratórias diminuiu de 2019 para 2020

Publicado em 12 de maio de 2020 às 09:05

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Presidente da República, Jair Bolsonaro, no pronunciamento feito logo após a demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro
Presidente da República, Jair Bolsonaro, no pronunciamento feito logo após a demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro. (Alan Santos/PR)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, compartilhou na noite desta segunda-feira (11) informações falsas sobre o número de mortes por Covid-19 no Ceará. A publicação, originalmente feita pelo deputado estadual André Fernandes (PSL-CE), dizia que o número de mortes por doenças respiratórias no Ceará caiu entre 2019 e 2020, apesar da pandemia. A rede social Instagram marcou a publicação com um 'alerta de fake news'.

A imagem compartilhada pelo presidente iniciava com a mensagem: "Toda vida importa! Entretanto há algo muito 'estranho' no ar!". Em seguida, apontava que o número de mortos por doenças respiratórias no Ceará caiu de 6.377 em 2019, sem a covid-19, para 6.296 em 2020, com a doença, entre 16 de março a 10 de maio. "Por que em 2019 não teve o mesmo alarde?", questionava o post.

Contudo, o Instagram removeu a imagem da conta do presidente após uma agência de independente demonstrar que a postagem se tratava de uma 'fake news'. De acordo com uma checagem realizada pela Agência Lupa, indicada pela plataforma como justificativa da exclusão, os números citados incluíam mortos por outras doenças, como câncer e aids, erroneamente.

Ainda segundo a agência, o Portal da Transparência do Registro Civil aponta que foram 2.808 óbitos por doenças respiratórias no período citado de 2019 e 3.217 em 2020.

Instagram coloca 'alerta de fake news' em publicação de Bolsonaro no Instagram
Instagram coloca alerta em publicação de Bolsonaro no Instagram. (Reprodução/Instagram)

Não é a primeira vez que Bolsonaro tem conteúdos limitados nas redes sociais por violar regras de uso da plataforma. Em março, o presidente teve dois vídeos apagados de sua conta no Twitter. Os vídeos mostravam um passeio do presidente por Brasília, durante o lockdown, em que ele defendia o uso da hidroxicloroquina para populares e fala que o País só ficará imune depois que 60 a 70% dos cidadãos for infectado.

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