Publicado em 21 de outubro de 2020 às 17:58
O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Levy Fidelix, afirmou nesta quarta-feira (21) que seu adversário e lider nas pesquisas Celso Russomanno (Republicanos) representa a esquerda nas eleições. Ele disse também que esperava apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).>
Fidelix participou da segunda sabatina Folha/UOL com os candidatos a prefeito da capital paulista. As sabatinas são transmitidas ao vivo sempre às 10h e têm como entrevistadores o colunista do UOL Diogo Schelp e Camila Mattoso, editora do Painel, da Folha.>
José Levy Fidelix da Cruz é político, empresário, jornalista e publicitário brasileiro, fundador do PRTB, sigla do vice-presidente Hamilton Mourão. Ficou conhecido pela autoria do projeto do Aerotrem, trem-bala que ligaria Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.>
Na entrevista, Fidelix se mostrou contrariado com o apoio de Bolsonaro a Russomanno e tentou ligar o candidato à frente nas pesquisas às administrações do PSDB, tanto no estado, com o governador João Doria, quanto na capital, com o prefeito Bruno Covas.>
>
"Ele [Russomanno] sempre esteve [no campo da esquerda]. Ele sempre esteve, por exemplo, do lado do PSDB, que é um partido social, social-democrata. É um partido que defende outros tipos, está com a grande ordem mundial, que defende causas que não são as mesmas que eu defendo. Então naturalmente que a sintonia dele para conosco e nem eu acho que com o próprio Jair é a mesma", afirmou.>
"Realmente, é até uma certa hipocrisia dizer que o Celso Russomanno é um cara da direita. Todo mundo sabe que ele é Doria, ele é PSDB, com raízes profundas nessa relação, inclusive com cargos. O partido Republicanos possui cargos, inclusive no próprio governo estadual e no governo municipal do PSDB.">
Fidelix já foi candidato duas vezes à Presidência da República, além de já ter tentado concorrer a prefeito, governador, vereador e deputado, todas sem sucesso. Em 2018 se lançou pré-candidato à Presidência novamente, mas desistiu quando Mourão foi escolhido como vice de Bolsonaro.>
"Primeiramente, em 2018, Celso Russomanno estava com Alckmin [PSDB]. E nós, ao contrário, fizemos uma aliança com o Jair, PRTB e PSL, partido então do Bolsonaro, com aliança para vitória, dos conservadores, das pessoas que pensam como eu, da direita, e é natural que a gente esperava uma reciprocidade nesse sentido. Mas não havendo, não posso exigi-la", disse Fidelix.>
"Uma coisa é certa e correta, eu fui leal, fui correto e em 2018 estivemos do mesmo lado. Para o Brasil maior. Quem estava com ele, pelo partido, era o PRTB", concluiu.>
Na sabatina, Levy Fidelix tentou se aproximar das ideias do presidente e chegou a defender que a vacina contra o coronavírus, por exemplo, não seja obrigatória.>
"Vamos facultar que as pessoas, para o seu bem, sejam naturalmente vacinadas. E aquelas que acharem que a sua consciência, que a sua condição, não permita, também não o farão. Nada você pode conspurcar, ou seja, levar por obrigação alguém a fazer alguma coisa", afirmou.>
Em relação à pandemia da Covid-19, ele propõe um "distanciamento funcional", em oposição ao que chama de "distanciamento social radical", em que os setores econômicos seriam divididos por turnos, para evitar aglomerações mantendo os negócios abertos.>
A principal medida de sua eventual gestão, afirmou Fidelix, seria sanear as contas públicas da cidade, contendo o endividamento e fazendo parcerias com a iniciativa privada.>
Famoso pelo projeto do Aerotrem, Fidelix também focou no transporte. Ele se posicionou contra o que chama de "indústria da multa", ao dizer que as penalizações no trânsito deveriam ser educativas ?medida que requeriria mudanças no Código de Trânsito Brasileiro, fora da alçada do prefeito.>
O candidato também disse que é preciso aumentar a velocidade máxima permitida nas vias da cidade, "mas com responsabilidade".>
No transporte público, afirmou que vai reformular rotas de ônibus, que seriam retirados do centro da cidade, onde circulariam apenas micro-ônibus gratuitos.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta