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Extremista Sara Giromini diz que não reconhece mais Bolsonaro

Extremista Sara Giromini diz que não reconhece mais Bolsonaro

A militante bolsonarista justifica desabafo nas redes sociais por não estar aguentando mais o tratamento que tem recebido do governo federal

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 13:15

Sara Winter é ativista pró-Bolsonaro e participa de um grupo autointitulado
Sara Giromini é apoiadora de Bolsonaro e participa de um grupo autointitulado "300 do Brasil" Crédito: Reprodução Instagram

A extremista Sara Giromini, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usou as redes sociais neste domingo (4) para criticar o governo e o chefe do Executivo federal. Sara, que está em prisão domiciliar, é a principal porta-voz do grupo bolsonarista chamado "300 do Brasil".

Na publicação, a militante – que foi presa no dia 15 de junho, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos – disse não saber mais quem é o presidente Jair Bolsonaro. 

"Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador. Por que estou escrevendo isso? Porque não aguento mais. Não aguento mais", afirmou Sara, no Facebook.

A apoiadora do presidente reclamou ainda que ele esteve com o ministro do Supremo, Dias Toffoli, no sábado (3). Imagens da CNN Brasil mostraram Bolsonaro abraçando do ex-presidente da Corte. "Bolsonaro? Que inveja eu tenho do Toffoli. Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro."

A extremista reclamou também da falta de ajuda da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, quando foi presa. "Damares? Eu sou a filha que Damares abortou. O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam", disse.

CRÍTICAS A GENERAL HELENO

Sobre o grupo "300 do Brasil", ela conta ter sido repreendida pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, em relação ao tratamento dado  à imprensa. "Vocês sabiam que General Heleno me convocou ao Planalto para c***, dizendo que jornalistas da Época, da Folha, do UOL estavam mandando e-mails se queixando de que nós, os 300 do Brasil, éramos hostis com eles?", questionou.

De acordo com a extremista, ela e os demais participantes foram proibidos de hostilizar os jornalistas. "General Heleno me proibiu de gritar com a imprensa, de mandá-los embora, de gritar "globo lixo". Pq, né... coitadinho dos jornalistas que f*** a vida do Bolsonaro todo dia. Eles precisam trabalhar, dona Sara! Não os incomode mais."

Sara está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim de junho. 

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