Publicado em 23 de agosto de 2022 às 15:34
BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, rechaçou nesta terça-feira (23) ataques contra a democracia ao comentar a operação da Polícia Federal contra empresários bolsonaristas que defenderam golpe, em grupos de mensagens, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito em outubro.>
"Qualquer pessoa, independente de ser empresário, conhecido ou não, que prega retrocesso democrático, atos institucionais, volta da ditadura, está redondamente equivocada. É um desserviço ao País. É uma traição à Pátria e isso, obviamente, tem que ser rechaçado e repudiado com toda veemência pelas instituições", disse o senador ao chegar à Casa.>
Segundo ele, "arroubos precisam ser repudiados", mas não acredita que eles necessariamente gerem riscos à democracia. "A nossa democracia está tão assimilada pelas instituições e pela sociedade, que considero esses arroubos, que precisam ser repudiados, mas eles de fato, não fazem gerar um risco concreto à nossa democracia. São manifestações infelizes que devem ser rechaçadas", disse Pacheco.>
Buscas e apreensões foram autorizadas esta manhã pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nirgri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormai; e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.>
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Pacheco disse ainda que "obviamente o resultado [das eleições] será respeitado". "O processo eleitoral ocorrerá dentro da normalidade e, obviamente, o resultado será respeitado, conforme afirmou o próprio presidente da República [Jair Bolsonaro], que é candidato".>
Pacheco foi questionado por jornalistas sobre a entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional, da TV Globo. Em resposta a um pedido do apresentador William Bonner para que assumisse o compromisso de aceitar o resultado do pleito, o presidente disse que vai respeitar o resultado das eleições, "desde que sejam limpas e transparentes".>
Pacheco afirmou que essa avaliação é "subjetiva" e manteve a defesa do processo eletrônico de votação. "Nós temos plena e absoluta segurança de que esse processo de votação vai dar o resultado correto. As eleições, pelo sistema eletrônico de votação, são eleições seguras, confiáveis, já testadas. Não há motivo de desconfiança em relação a isso. Não há justa causa para qualquer tipo de afirmação em sentido contrário".>
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