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Depois de piada com cloroquina, Bolsonaro diz lamentar mortes por Covid-19

Depois de piada com cloroquina, Bolsonaro diz lamentar mortes por Covid-19

Na terça-feira (19), o Brasil rompeu a marca simbólica de mais de mil mortes diárias em decorrência do novo coronavírus

Publicado em 20 de maio de 2020 às 10:32

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Jair Bolsonaro, presidente da República
Jair Bolsonaro, presidente da República. (Wilson Dias/Agência Brasil)

Após fazer piada com a politização do uso da hidroxicloroquina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou esta quarta-feira (20) lamentando as mortes causadas pelo novo coronavírus.

"Dias difíceis. Lamentamos os que nos deixaram", escreveu Bolsonaro em uma rede social logo ao amanhecer.

Na terça-feira (19), o Brasil rompeu a marca simbólica de mais de mil mortes diárias em decorrência do novo coronavírus. Ao todo, são 17.971 óbitos e 271.628 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde.

A propaganda oficial do governo ignorou a escalada de óbitos. Peça da Secretaria de Comunicação (Secom) publicada no Twitter preferiu destacar o que chama de "placar da vida", com números de curados. A postagem recebeu uma enxurrada de críticas dos internautas.

Na mesma noite, em uma entrevista na internet, Bolsonaro não fez qualquer comentário sobre o recorde de mortes, mas fez piada sobre a politização acerca do uso da hidroxicloroquina -medicamento sem comprovada eficácia contra a doença.

"Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína", ironizou, referindo-se a uma marca de refrigerante.

Na mesma transmissão, o presidente afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará na manhã desta quarta-feira novo protocolo que permitirá o uso da cloroquina em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus.

O assunto foi abordado novamente na publicação feita nesta manhã de quarta (20).

"Hoje teremos novo protocolo sobre a cloroquina pelo Ministério da Saúde. Uma esperança, como relatado por muitos que a usaram. Que Deus abençoe o nosso Brasil", escreveu Bolsonaro.

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