Publicado em 6 de novembro de 2020 às 19:08
Depois da torcida explícita do presidente da República, Jair Bolsonaro, pela reeleição do presidente norte-americano Donald Trump, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (06) que uma vitória do candidato democrata Joe Biden não atrapalhará o crescimento do Brasil. Se até a quinta Bolsonaro se apegava à máxima de que "a esperança é a última que morre", como chegou a dizer a apoiadores, Guedes foi um dos primeiros integrantes do governo a admitir que a vitória do democrata é iminente, como mostram as apurações dos votos nos EUA.>
"Havendo a mudança nos Estados Unidos eventualmente, e parece que os dados indicam que está próximo isso acontecer, não afeta a nossa dinâmica de crescimento. O Brasil vai crescer independentemente do que acontecer lá fora", afirmou o ministro brasileiro, em evento virtual do Itaú. "Não vamos superestimar relacionamento político, crescimento do Brasil depende de nós. As relações lá fora, umas ajudam, outras atrapalham. Pode ser que a proximidade com um país ajude geopoliticamente e atrapalhe na tecnologia, ou vice-versa",completou.>
Em sua fala, Guedes voltou a usar a metáfora de uma festa para se referir ao cenário geopolítico e disse que Estados Unidos e China vinham "dançando de rosto colado" há muitos anos. "O Brasil chegou atrasado, já estava todo mundo bêbado. Nós estamos dançando com qualquer um, queremos dançar com todo mundo", completou.>
De acordo com o ministro, a agenda de abertura comercial da economia brasileira segue "inabalada", mas tem de ser feita em conjunto com a melhoria do ambiente de negócios, "sem ingenuidade". "Não podemos ser trouxas", acrescentou.>
>
Ele ressaltou que, em todas as janelas, o Brasil tem baixado a tarifa de importação de produtos, como nos recentes aumentos do preço interno do arroz e da soja.>
O ministro afirmou ainda que é importante que o Brasil tenha bons relacionamentos com os países europeus e que se entenda com eles na questão ambiental, mas alegou que há interesses comerciais por detrás das críticas à falta de preservação do meio ambiente no Brasil.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta