Publicado em 5 de abril de 2021 às 14:13
- Atualizado há 5 anos
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu nesta segunda-feira (05) a liberação de celebrações religiosas no país, mesmo no momento mais grave da pandemia de Covid-19. Mourão argumentou que "há condições" das celebrações serem realizadas a depender dos espaços de cada templo religioso para que haja distanciamento. O vice-presidente também opinou que frequentadores de templos religiosos costumam ser pessoas mais "disciplinadas" e que as celebrações são diferentes de "festas clandestinas". >
No último sábado, dia 3, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques decidiu autorizar a realização de celebrações religiosas, desde que aplicados protocolos sanitários em igrejas e templos, limitando a presença a 25% da capacidade do público. >
A decisão foi questionada por governadores e prefeitos, que alegam ter autonomia determinada pelo próprio STF para decidir sobre medidas de restrição durante a crise sanitária. O decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello, também criticou, no domingo, a decisão de Kassio Nunes. Já o presidente Jair Bolsonaro comemorou em suas redes sociais a determinação do ministro – que foi seu indicado à Corte.>
"Vamos aguardar o que o pleno (do STF) vai dizer", comentou Mourão na chegada à vice-presidência nesta manhã. "Tem a própria questão (que) dependendo do espaço do templo vai gerar algum tipo de aglomeração. Então, é uma questão que tem que ser discutida mais a fundo", disse. Para o vice-presidente, as dimensões de cada templo são um dos critérios para definir se celebrações podem voltar a ser realizadas. >
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"Tudo depende das pessoas, depende do templo. Se você tem uma igreja que tem um espaço bom você limita 20, 30 pessoas, separadas duas por banco, vamos colocar assim, e todo mundo de máscara obviamente, acho que há condições", afirmou. "Agora quando são templos apertados e muita gente lá dentro é óbvio que não é conveniente", completou.>
Questionado se a liberação das celebrações poderia agravar a situação da pandemia da covid-19, que já acumula mais de 330 mil mortes no Brasil, Mourão minimizou. Segundo ele, as pessoas que frequentam missas e cultos são mais "disciplinadas". >
"As pessoas que frequentam o culto, o templo, são pessoas até mais disciplinadas, assim. É diferente de balada, essas festas clandestinas que acontecem. Não vou colocar no mesmo nível isso, são duas atividades totalmente distintas, uma é espiritual e a outra é corporal, vamos dizer assim", opinou.>
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