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Bolsonaro cria Centro de Inteligência na Abin contra 'ameaças ao Estado'

Bolsonaro cria Centro de Inteligência na Abin contra 'ameaças ao Estado'

Dentre outras atribuições, o centro deverá planejar e executar atividades de inteligência destinadas "ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade"

Publicado em 3 de agosto de 2020 às 21:54

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(Brasília - DF, 25/06/2020) Cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica para integração dos sistemas “Corpus927” e “A Constituição e o Supremo” ao Portal da Legislação.

Foto: Marcos Corrêa/PR
Presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que a Abin "tem os seus problemas", em reunião ministerial no dia 22 de abril. (Marcos Corrêa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro promoveu uma reformulação no quadro de cargos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e criou uma nova unidade no órgão, batizada de Centro de Inteligência Nacional. O ato consta em decreto publicado na última sexta-feira (31), conforme "O Globo".

O Centro deverá planejar e executar atividades de inteligência destinadas "ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade" e implementar a "produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados", dentre outras atribuições.

Também caberá ao Centro de Inteligência Nacional planejar e executar atividades para assessorar os órgãos competentes relacionadas a políticas de segurança pública e à identificação de ameaças decorrentes de atividades criminosas, além de realizar pesquisas de segurança para credenciamento e análise de integridade corporativa.

As medidas previstas no decreto entram em vigor no próximo dia 17, quase quatro meses depois que Bolsonaro reclamou da falta de informações de serviços de inteligência e disse que a Abin "tem os seus problemas", em reunião ministerial no dia 22 de abril. A gravação deste encontro veio à tona no âmbito do inquérito que apura suposta interferência do presidente na Polícia Federal (PF).

Desde então, Bolsonaro chegou a nomear o diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem, para comandar a PF, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), impediu a sua posse e ele permaneceu à frente do órgão de inteligência.

O ato foi assinado por Bolsonaro e pelo ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ao qual a Abin é subordinada.

JUSTIFICATIVA

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, responsável por editar o decreto no Diário Oficial da União, o objetivo foi "aumentar eficiência e eficácia da ação administrativa, com condições mais favoráveis para o desenvolvimento do órgão".

Ainda segundo a pasta, o novo quadro de cargos comissionados foi remanejado sem aumento de despesas. O diretor-geral da Abin terá até 30 dias, depois que o decreto entrar em vigor, para publicar a relação de titulares dos cargos comissionados da nova estrutura.

O ato substituiu a estrutura em vigor desde novembro de 2016, quando o então presidente Michel Temer promoveu outra reestruturação no órgão.

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