Por muito tempo, fomos ensinados a recorrer ao Judiciário como única via para resolver disputas. No entanto, esse modelo está sendo repensado. A mediação pré-processual tem se mostrado uma alternativa eficaz, humana e acessível para solucionar conflitos, especialmente os familiares.
No Distrito Federal, o projeto “Família em Foco” do Tribunal de Justiça (TJDFT) é um exemplo notável. Somente no primeiro semestre de 2024, foram evitadas 4.194 novas ações judiciais por meio da mediação pré-processual, com um impressionante índice de 88% de acordos firmados. Além disso, 1.295 processos já em andamento foram solucionados, beneficiando mais de 13 mil pessoas e movimentando mais de R$ 12 milhões em valores negociados.
Em fevereiro de 2025, o Núcleo Virtual de Mediação e Conciliação da Família (NUVIMECFAM) do TJDFT atendeu 2.107 pessoas em 622 audiências, alcançando uma taxa de acordo de 83,27% nas sessões pré-processuais.
Esses números refletem uma mudança significativa na forma como lidamos com conflitos. Ao invés de delegar a solução a terceiros, as partes envolvidas assumem o protagonismo, buscando o entendimento mútuo por meio do diálogo e da empatia.
Ser um agente construtor de soluções é reconhecer que a resolução de conflitos está ao nosso alcance. A mediação oferece benefícios tangíveis: economia de tempo e recursos, preservação de relacionamentos e promoção da paz social.
O judiciário continua sendo essencial, mas a mediação pré-processual surge como uma alternativa eficaz para muitos casos. Ao optarmos por esse caminho, contribuímos para uma justiça mais ágil e próxima do cidadão.
A solução que você procura pode estar mais próxima do que imagina, dentro de você.
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