A combinação entre eficiência e transparência é uma premissa fundamental na gestão pública. Por um lado se a resolução de problemas gera impactos positivos na vida das pessoas, por outro reconhecer e debater publicamente as questões difíceis fortalece a confiança da sociedade e mobiliza esforços coletivos para enfrentar desafios complexos.
Temos afirmado com convicção que o Espírito Santo é o Brasil que dá certo. Repetimos essa frase não como simples propaganda, mas como forma de sinalizar que, ao seguir o rumo certo, é possível alcançar grandes resultados. E os exemplos estão aí:
• Por três anos consecutivos, somos o primeiro lugar no ranking de equilíbrio fiscal do Portal Compara Brasil.
• Há 12 anos consecutivos obtemos a Nota A na avaliação de Capacidade de Pagamento (Capag) da Secretaria do Tesouro Nacional e em 2024 alcançamos com mais mérito ainda a Nota A+.
• Somos o governo estadual que, proporcionalmente, mais investe com recursos próprios e mais aloca recursos em ciência e tecnologia.
• Em abril deste ano, proporcionalmente, o Espírito Santo liderou a geração de empregos formais no país.
• A taxa de extrema pobreza caiu para o menor patamar dos últimos 12 anos: 1,7% da população em 2024. No mesmo ano, pela primeira vez, a taxa de pobreza ficou abaixo de 20%.
• Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Espírito Santo para os nascidos em 2024 a média da expectativa de vida é de 76,6 anos e até 2070 deve subir para 84,6 anos. E somos o estado brasileiro com a maior expectativa de vida entre pessoas aos 60 anos de idade.
• A renda média das famílias capixabas cresceu de R$ 2.846 (2023) para R$ 3.057 (2024).
• Somos líderes nacionais no Ensino Médio nas classes comuns e ensino profissional na última divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
• Iniciamos 2025 com a menor taxa de homicídios dos últimos 29 anos. O Programa Estado Presente apresenta resultados expressivos na redução da violência.
• Em 2023, reduzimos em 60% a taxa de desmatamento.
• E seguimos como referência nacional em planejamento, envolvendo a sociedade na construção de uma visão de futuro que vai além de mandatos.
Entretanto, há um tema sobre o qual não podemos descansar: a violência contra as mulheres. Trata-se de uma realidade que não tem e não deve ter lugar na nossa sociedade.
Precisamos divulgar o que tem sido feito, mas, sobretudo, chamar a sociedade para o debate. A violência contra a mulher tem raízes culturais profundas. O patriarcado e o machismo estruturam esse problema. A repressão é essencial, mas é igualmente indispensável investir na prevenção, no acolhimento, na proteção das vítimas e na conscientização coletiva.
A violência nem sempre começa de forma física. Na maioria dos casos, acontece dentro do próprio ambiente familiar. Segundo a edição 2025 do Mapa da Violência do Ministério da Justiça, divulgada nesta semana, houve aumento no número de feminicídios e dos casos de estrupo em 2024.
O Espírito Santo já esteve entre os estados mais violentos para as mulheres. Avançamos muito nos últimos 20 anos, mas ainda há um longo caminho pela frente.
Em maio deste ano, o governo lançou o Pacto Estadual pelo Enfrentamento às Violências Contra as Mulheres e Prevenção ao Feminicídio. O pacto reforça o modelo de atuação em rede, envolvendo não apenas a segurança pública, mas também as áreas de saúde, educação, assistência social, a Secretaria da Mulher, além das prefeituras, guardas municipais, o Ministério Público e o Judiciário.
Temos ampliado e qualificado as estruturas de atendimento:
• A Polícia Civil conta com Delegacias Especializadas e Núcleos de Atendimento à Mulher. Em várias unidades, foram implantadas as Salas Marias, espaços acolhedores e reservados para atendimento.

• A Polícia Militar atua com a Patrulha Maria da Penha, acompanhando e protegendo mulheres com medidas protetivas.
• A Secretaria da Mulher mantém uma rede de Centros e Núcleos Margarida, oferecendo acompanhamento psicossocial e jurídico.
Duas iniciativas, em especial, merecem destaque:
• “Homem que é Homem” – Programa voltado para autores de violência doméstica, com ciclos de encontros que promovem a desconstrução de ideias machistas e incentivam formas pacíficas de resolver conflitos. A reincidência dos participantes cai de 70% para apenas 5%.
• Atendimento itinerante – Com ônibus personalizados para o acolhimento de mulheres e ações de conscientização nas ruas, escolas, igrejas e organizações sociais. O objetivo é levar informação, escuta e orientação à população, reforçando que briga de marido e mulher, sim, é assunto de todos.
Esse é o nosso compromisso: garantir que toda mulher se sinta segura, com apoio e proteção. Todos somos responsáveis. Cada um deve fazer sua parte.
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