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É presidente da Associação de Empresários de Vila Velha (Assevila)

Vila Velha: vai começar uma nova fase de desenvolvimento na cidade

Estão sendo discutidas propostas como a adequação de dispositivos como o Plano Diretor Municipal, Lei de Regulamentação Fundiária, Lei de Posturas, Código Municipal do Meio Ambiente e Código Tributário Municipal

  • Marco Túlio Ribeiro Fialho É presidente da Associação de Empresários de Vila Velha (Assevila)
Publicado em 21/07/2023 às 13h33

Diante do desafio de estabelecer projetos de desenvolvimento de longo prazo que não sejam interrompidos a cada quatro ou oito anos, tempo que duram os mandatos do Poder Executivo conforme a legislação brasileira, o diálogo e cooperação entre sociedade, setor produtivo e gestão pública é a ferramenta essencial para qualquer município que deseje sonhar com um futuro promissor.

No caso de Vila Velha, que ruma aos 500 anos provando a sua vocação para as mais diversas atividades econômicas - do turismo à logística, passando pelo comércio, serviços e construção civil - é essencial contar com uma agenda integrada de desenvolvimento que seja norteadora de ações em diversas frentes para o crescimento econômico e, consequentemente, a melhoria na qualidade de vida de todos os seus moradores.

Essa agenda tem sido construída a partir de consultas exaustivas com especialistas em cidades e planejamento, economistas, academia, empresários, lideranças setoriais e comunitárias, gestores e ex-gestores do município e do Estado, visando iniciar uma nova fase de desenvolvimento na cidade.

Entre as prioridades que são defendidas por representantes das mais diversas áreas do setor produtivo, estão propostas como a adequação de dispositivos como o Plano Diretor Municipal, Lei de Regulamentação Fundiária, Lei de Posturas, Código Municipal do Meio Ambiente e Código Tributário Municipal, com o objetivo de promover a desburocratização do município e favorecer o desenvolvimento de negócios.

Melhorando o ambiente de negócios, é plenamente possível que o município passe a atrair cada vez mais empreendimentos, que hoje, por vezes, acabam perdidos para cidades capixabas que apresentam vantagens competitivas em relação a Vila Velha, não somente na Grande Vitória, mas também em outras regiões.

As potencialidades são muitas: atividades como a portuária e de logística estão em franca expansão no município, após a privatização da Codesa, além de outros investimentos que buscam espaço para fortalecer a economia canela-verde, que hoje ocupa a terceira colocação na contribuição do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, atrás de Vitória e Serra.

Para que a Agenda Integrada de Desenvolvimento saia do papel, entretanto, é preciso um esforço contínuo e técnico que envolva as entidades civis e empresariais e o poder público, para que as metas definidas possam ser continuamente monitoradas e executadas, criando um movimento que não dependa de figuras ocupantes de cargos públicos, mas que seja um projeto permanente a ser levado adiante por toda a sociedade canela-verde.

Navio atracado no TVV, Terminal portuário de Vila Velha
Vista aérea de navio atracado no TVV, em Vila Velha, no complexo do Porto de Vitória. Crédito: Thiago Có/Log-In Divulgação

Esse planejamento precisa ser realista, respeitar divergências, gerar valor a curto, médio e longo prazo, considerar a situação fiscal do município e pensar ações inteligentes, sinérgicas entre si e criativas, não deixando de aproveitar, ainda, diversos projetos que já estão programados para o município de Vila Velha, mas que por diversos motivos nunca saíram do papel.

Com os fluxos internacionais desacelerando e as cadeias globais de valor se reestruturando, ainda efeito da pandemia, Vila Velha poderia aproveitar o curso dessas e explorar as oportunidades emergentes, especialmente, contando com sua localização geográfica privilegiada, infraestrutura portuária instalada, alta qualidade de vida, clima agradável, proximidade ao verde e ao natural, entre outros.

Espera-se, fortemente, que esta agenda integrada de desenvolvimento inspire e colabore para impulsionar a cidade em direção a um futuro melhor: mais próspera, humana e sustentável.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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