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É vice-governador do ES. Apresenta neste espaço temas e reflexões sobre os setores que contribuem para o desenvolvimento social e econômico das pessoas e do Espírito Santo

Trabalho duro e confiança: essa é a fórmula para nossos avanços na segurança pública

Não precisamos de alarme. Precisamos de resultados. Não é espalhando o medo que vamos avançar. O importante é o trabalho duro e a confiança

  • Ricardo Ferraço É vice-governador do ES. Apresenta neste espaço temas e reflexões sobre os setores que contribuem para o desenvolvimento social e econômico das pessoas e do Espírito Santo
Publicado em 17/05/2025 às 03h00

Nesta semana, foi lançada, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a edição 2025 do Atlas da Violência. Entre 2018 e 2023 houve uma redução de 26,4% na taxa geral de homicídios no Brasil, um número que contrasta com o aumento da percepção de insegurança da população.

Segundo pesquisa de opinião da Quaest, realizada em abril deste ano, a violência passou a ser a principal preocupação apontada pelos entrevistados, superando inclusive as questões sociais.

O aparente paradoxo está em debate. Mas o que realmente importa é que a segurança pública está cada vez mais presente no centro das discussões da sociedade. O Atlas aborda também diversos outros aspectos da violência. Vale a pena consultar o conteúdo completo no site do Ipea.

Entre as possíveis causas para a redução da taxa de homicídios, destaca-se o desenvolvimento de políticas estaduais que passaram a tratar a segurança como uma questão integrada, orientada por inteligência e desenhada de forma específica para cada território.

O Atlas aponta uma melhora consistente nas taxas de homicídios do Espírito Santo entre 2013 e 2023, mas não capta os avanços mais recentes. Conforme divulgado pelo Governo do Estado no dia primeiro de maio, com base no Observatório da Segurança Cidadã do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN):

No mês de abril de 2025, não ocorreram homicídios em 57 municípios do estado, com destaque para Colatina, Guarapari e Vitória, com 60 dias completados nesta sexta-feira (16) sem qualquer registro.

Em outras palavras, estamos presenciando um processo de aceleração na melhoria da segurança pública em nosso Estado. Isso é resultado de um conjunto de iniciativas capitaneadas pelo Governo Estadual ao longo dos últimos anos. Entre elas:

• A retomada do Programa Estado Presente, que visa promover a segurança pública no Espírito Santo. O programa integra estratégias de combate à violência, proteção e defesa social, com foco em territórios selecionados que, em razão de elevados índices de violência ou vulnerabilidade, necessitam de atenção especial. São três eixos principais: Defesa da Vida; Segurança Cidadã; Mulher Viver +.

• A criação da Polícia Científica e Tecnológica, em 2022, acompanhada de relevantes investimentos na área, fortalecendo a capacidade de elucidação de crimes no Espírito Santo.

• A realização de concurso público para a seleção de 1.052 oficiais da Polícia Civil, atualmente em andamento.

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Polícia Científica. Crédito: Divulgação | EDP

• A recomposição dos quadros da Polícia Militar, intensificada desde 2024. Já foram incorporados 1.000 novos soldados (homens e mulheres) e até 2026 serão mais 1.650. Está em curso também o programa de formação de 50 novos oficiais militares.

Há diversas outras iniciativas em andamento no âmbito do Estado Presente e no aprimoramento do trabalho dos órgãos policiais. Cada uma delas mereceria um artigo. Mas vale destacar, sobretudo, a governança na área da segurança pública. O governador Renato Casagrande acompanha de perto as diferentes estratégias e abre caminho para a integração entre os diversos órgãos do governo estadual, os municípios, o governo federal, instituições multilaterais, interlocutores da sociedade civil organizada e do setor empresarial.

A segurança é prioridade, mas não é palco. Os resultados positivos decorrem do protagonismo coletivo e da cooperação.

E se falamos no desenvolvimento do Estado e na qualidade de vida dos capixabas, o combate à violência é uma condição essencial. Por isso, o Governo Estadual acelerou o passo. Não precisamos de alarme. Precisamos de resultados. Não é espalhando o medo que vamos avançar. O importante é o trabalho duro e a confiança.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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