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É educadora física e sócia da Soulfit Studio Boutique

Sedentarismo: como reagir antes que seja tarde

O segredo está na constância, e não na intensidade. Muita gente acredita que para sair do sedentarismo é preciso treinar com força máxima, mas o mais importante é criar o hábito de se movimentar regularmente

  • Catiane Almeida É educadora física e sócia da Soulfit Studio Boutique
Publicado em 10/03/2025 às 10h00

sedentarismo tem se tornado um dos grandes desafios de saúde no Brasil e no mundo. Cada vez mais, a rotina atribulada, o uso excessivo da tecnologia e a falta de hábito de movimentação levam a uma população menos ativa fisicamente, com consequências graves para a saúde.

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 40,3% dos adultos brasileiros são considerados sedentários, ou seja, não realizam atividades físicas suficientes para garantir o bem-estar. Outro levantamento aponta que 60% da população não pratica nenhum exercício regularmente, um dado alarmante que reforça a necessidade de mudanças urgentes.

O que leva tantas pessoas a adotarem um estilo de vida sedentário? A rotina intensa, com longas jornadas de trabalho e responsabilidades diárias, faz com que muitos aleguem falta de tempo para se exercitar. Além disso, o crescente uso de dispositivos eletrônicos reduz o tempo destinado a atividades físicas. Além do ritmo acelerado da vida moderna, muitas pessoas simplesmente desconhecem os impactos negativos da inatividade sobre a saúde e a importância de manter o corpo em movimento.

As consequências do sedentarismo são graves e podem comprometer não apenas a saúde física, mas também a mental. Estudos indicam que a falta de atividade física está diretamente associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2. Problemas musculoesqueléticos também são comuns, já que a inatividade leva à perda de massa muscular e à fragilidade óssea, aumentando o risco de fraturas e osteoporose.

No campo da saúde mental, o sedentarismo está ligado a taxas mais altas de depressão e ansiedade, prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar geral. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o sedentarismo pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças graves até 2030, e no Brasil, estima-se que 14% das mortes tenham relação direta com a inatividade física.

Início do dia com atividades físicas nesta quarta-feira, (29) na Enseada do Suá, em Vitória
Início do dia com atividades físicas em Vitória. Crédito: Fernando Madeira

Diante desse cenário preocupante, é essencial que as pessoas adotem um novo olhar sobre a prática de exercícios físicos. O segredo está na constância, e não na intensidade. Muita gente acredita que para sair do sedentarismo é preciso treinar com força máxima, mas o mais importante é criar o hábito de se movimentar regularmente. Atividades simples, como caminhadas diárias, alongamentos e exercícios leves, já fazem uma enorme diferença na saúde e no bem-estar.

Nesta segunda-feira, dia 10 de março, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, um momento ideal para refletir sobre a importância de se movimentar e dar o primeiro passo. Pequenas mudanças na rotina podem levar a grandes resultados a longo prazo. O corpo foi feito para se movimentar, e investir na própria saúde é a melhor decisão que alguém pode tomar para uma vida mais equilibrada e plena.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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