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É diretor Comercial e de Marketing da Loga

Provedores regionais fazem a internet chegar a todo o Brasil

Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs) estão presentes em todos os municípios brasileiros e representam cerca de 60% do segmento de fibra óptica do país

  • Antony Moreira É diretor Comercial e de Marketing da Loga
Publicado em 19/01/2023 às 16h58

Mesmo com dimensões continentais e realidades tão distintas de uma região para a outra, o Brasil está se tornando um país cada vez mais conectado. Nos últimos 15 anos, o uso da internet tornou-se acessível para milhões de habitantes de cidades brasileiras, tanto das regiões metropolitanas quanto das do interior.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua 2021), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui mais de 155 milhões de usuários de internet. Para se ter uma ideia do avanço, em 2008, esse quantitativo era de 58 milhões de pessoas.

Tal crescimento, bastante expressivo na quantidade de usuários, é explicado pelo aumento de municípios conectados. Dados da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações mostram que, atualmente, 78% das cidades localizadas na zona rural já contam com acesso à rede mundial de dados. Na área urbana, esse número sobe para 83%. Em 2008, as porcentagens eram de 4% e 20%, respectivamente.

Tamanha expansão da internet e da transformação digital no Brasil nos últimos anos, sem dúvida, tem como grandes protagonistas os provedores regionais do serviço, também conhecidos como Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs).

As PPPs estão presentes em todos os municípios brasileiros e representam cerca de 60% do segmento de fibra óptica do país, de acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).

A relevância dos provedores regionais para a rede de banda larga fixa ficou ainda mais evidente em março de 2020 quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19. Milhões de pessoas aderiram ao home office e necessitaram de conexão em casa para trabalhar, e milhares de empresas precisaram marcar presença nos canais digitais para divulgar e vender seus produtos e serviços. A Abrint estima que, sem os provedores regionais, mais de 10 milhões de residências poderiam ter o acesso à internet prejudicado.

A maioria das PPPs são pequenas e médias empresas, mas têm um propósito muito claro: proporcionar conectividade ao maior número possível de moradores de cidades localizadas dentro ou fora dos grandes centros urbanos, o que inclui até as zonas rurais, quase sempre ignoradas pelas grandes operadoras.

Além disso, merece destaque ainda a questão de a maioria delas usarem tecnologias bastante avançadas, de alta estabilidade, normalmente a fibra óptica de ultravelocidade. Isso eleva também o padrão de exigência dos consumidores ao redor do país.

É certo que ainda há um longo caminho para a democratização da internet de qualidade no Brasil, mas os provedores regionais estão cada vez mais habilitados para percorrê-lo junto aos usuários.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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