A imprensa divulgou dias atrás uma ótima notícia para o Espírito Santo: pelo 14º ano consecutivo, o Estado recebeu a Nota A na Capacidade de Pagamento do Tesouro Nacional (Capag). Pelo segundo ano seguido, fomos também classificados como A+, um patamar que poucos Estados brasileiros conseguem alcançar.
Esse resultado, longe de ser um mero indicador burocrático ou um dado técnico desconectado do cotidiano, expressa uma profunda e consolidada cultura de planejamento estratégico, responsabilidade fiscal e uma visão de longo prazo que temos edificado e mantido ao longo dos últimos anos. Esssa cultura se traduz diretamente em uma melhoria tangível e contínua da qualidade de vida para toda a população capixaba.
Nosso desempenho no Tesouro foi avaliado em três dimensões: capacidade de endividamento, poupança corrente e liquidez. Conquistamos avanços sólidos em todas elas. Hoje, o Espírito Santo vive o menor endividamento de sua história, com dívida consolidada líquida em patamar negativo – o que significa que temos mais ativos em caixa do que dívidas a pagar. Ao mesmo tempo, alcançamos em 2024 o maior volume de investimentos públicos já registrado na história, somando R$ 4,2 bilhões.
Outro dado que merece ser enfaticamente registrado é a expressiva e contínua expansão dos investimentos públicos ao longo dos últimos anos. De um patamar de R$ 625 milhões por ano, elevamos o volume de investimentos para um montante acumulado de R$ 16 bilhões no período de 2019 a 2024.
Esse robusto esforço foi formalmente reconhecido pela Secretaria do Tesouro Nacional, que destacou o Espírito Santo como o Estado que realizou o maior investimento em relação à sua receita total em 2023 e 2024, destinando 20% da receita a esse fim, em um contraste marcante com a média nacional que gira em torno de apenas 6%.
Naturalmente, esses investimentos estratégicos e essa gestão fiscal responsável se refletem na posição de destaque do Espírito Santo em outros indicadores nacionais. Um exemplo claro é o Ranking de Competitividade do Centro de Liderança Pública (CLP). No quesito crucial de infraestrutura, o Estado conquistou a segunda posição no país, ficando atrás apenas de São Paulo. Esse resultado não apenas sublinha a eficácia das políticas implementadas, mas também posiciona o Espírito Santo como um polo atrativo para novos negócios e melhoria da conectividade e mobilidade de seus cidadãos.
Esse desempenho só foi possível porque conseguimos compatibilizar arrecadação eficiente com controle criterioso das despesas correntes, em um trabalho colaborativo entre todas as secretarias do governo, sob a orientação do governador Renato Casagrande. A atuação da Subsecretaria de Orçamento, com monitoramento constante e diálogo permanente com os órgãos gestores, foi determinante para garantir racionalidade nos gastos e eficiência na alocação de recursos.
Esses resultados foram alcançados com muito trabalho e planejamento estratégico que é, em essência, transformar uma visão de futuro em entregas concretas para a sociedade. Durante três gestões, inicialmente focado na segurança pública e depois em todas as demais áreas da administração estadual, tive a oportunidade de atuar na equipe do governador Casagrande e contribuir para a consolidação desse modelo no Espírito Santo.
Nesse período, alcançamos reconhecimento nacional em diversas ocasiões: fomos premiados como o Estado com a melhor gestão fiscal do país e recebemos distinções como o Melhor Escritório de Projetos do Brasil, concedido pelo PMI-Brasil, concorrendo inclusive com grandes corporações privadas.
O mais importante, contudo, é que esse trabalho técnico se traduz de fato em impacto real na vida das pessoas, com avanços na educação pública, na saúde e na redução dos índices de homicídio. O equilíbrio fiscal garante a capacidade de investimentos em políticas socais e infraestrutura. É isso que fortalece o desenvolvimento regional, gerando empregos e criando oportunidades para os capixabas.
Acredito firmemente que os princípios que norteiam nossa gestão no setor público – disciplina fiscal rigorosa, planejamento estratégico abrangente, monitoramento contínuo das ações e a busca incessante por resultados de impacto – são plenamente equivalentes e, em muitos aspectos, espelham as melhores práticas adotadas pela iniciativa privada em sua busca por excelência operacional e máxima eficiência. Essa sinergia de abordagens permite uma gestão pública moderna e responsiva.
Em suma, o Espírito Santo se consolidou como um exemplo de que a combinação de planejamento consistente e gestão pública responsável vai muito além do mero equilíbrio das contas e da obtenção de notas altas em avaliações. Ela é a força motriz que edifica um futuro mais sólido, inclusivo e sustentável para toda a sua população, projetando o Estado como um modelo de governança para o Brasil.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.