Floresta cuidada pelo setor de celulose para reduzir efeitos da produção de eucalipto
Floresta cuidada pelo setor de celulose para reduzir efeitos da produção de eucalipto. Crédito: Divulgação Suzano

Empresas lançam planos para transformar negócios de dentro para fora

A ética e o plano estratégico de revolucionar o modelo de produção ganham a mesma importância que a inovação tecnológica nas corporações

Tempo de leitura: 3min
  • Simone Azevedo
Publicado em 12/12/2022 às 00h45

Como meta a ser alcançada pelas empresas, a ética ganhou a mesma importância que a inovação e a excelência. A criação dos planos de compliance é um termômetro dessa importância no mundo corporativo.

Conectado à missão, à visão e aos valores da empresa, o compliance orienta as decisões de gestão e operação, constrói um ambiente de trabalho positivo e tem se tornado vital para o crescimento sustentável dos negócios.

“A união dos conceitos de responsabilidade social, sustentabilidade e ética empresarial visam a um objetivo comum: que as empresas e toda sua cadeia de relações contribuam para uma sociedade mais justa, um ambiente limpo, o desenvolvimento de atividades sustentáveis e relações éticas. Os programas de compliance padronizam diretrizes internas e externas de condutas e também obrigações éticas para estarem em conformidade com as questões ambientais, tributárias, de qualidade, entre outras ações. Iniciativas nesse sentido estão sendo cada vez mais valorizadas nas relações empresariais no Brasil e no mundo”, explica Lygia Bellotti, profissional de comunicação e marketing.

Lygia Bellotti

Especialista em Comunicação e Marketing

"A união dos conceitos de responsabilidade social, sustentabilidade e ética empresarial visam a um objetivo comum: que as empresas e toda sua cadeia de relações contribuam para uma sociedade mais justa"

ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, grande destaque na economia capixaba, tem um plano de compliance pautado em práticas internacionais. “A proposta é sistematizar ações voltadas a estimular uma cultura corporativa ética mundial que atenda às expectativas da nova dinâmica social”, explica o CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, Jorge Oliveira.

Jorge Oliveira, CEO da Arcelor Mittal Aços Planos América Latina
Jorge Oliveira, CEO da Arcelor Mittal Aços Planos América Latina. Crédito: Divulgação

Jorge Oliveira

CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina

"A proposta é sistematizar ações voltadas a estimular uma cultura corporativa ética mundial que atenda às expectativas da nova dinâmica social"

Como o padrão básico de negócios de uma empresa, esses programas definem as ações que vão garantir relações éticas e transparentes. “As pessoas constituem o maior ativo das organizações. Sem tolher os potenciais individuais, as organizações podem incentivar o cumprimento das diretrizes que regem a organização e prevenir a ocorrências de condutas inadequadas com transparência, apoio, orientações e acompanhamento. Um plano de governança estabelecido conecta toda a organização”, pontua Alice Corrêa, administradora e especialista em gestão de pessoas.

Vantagem competitiva em relação à concorrência, atração de investimentos, controle de riscos, prevenção de problemas e aumento da produtividade, lucro, credibilidade, eficiência e governança são alguns dos benefícios da criação de um programa de compliance nas organizações, na avaliação de especialistas do mercado.

Na Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, líderes e colaboradores assumem um compromisso com a ética e o renovam constantemente. “Todos os empregados assumem e reafirmam periodicamente o compromisso de agir de acordo com os princípios éticos. A Vale tem tolerância zero com corrupção e suborno. Além do Código de Conduta, o Programa de Ética & Compliance apresenta regras anticorrupção, que incluem diretrizes para dispêndios externos socioambientais e culturais. Todas as contribuições, doações e patrocínios são submetidos à avaliação da integridade corporativa, que atua como uma guardiã”, destaca a Vale por meio de sua assessoria de imprensa.

Para a especialista em governança Alice Corrêa, ao fomentar uma cultura de compliance, difundindo o valor da integridade na organização, a empresa gera benefícios para toda a sociedade. “Do mesmo modo que as pessoas trazem para o dia a dia da organização a influência dos outros contextos em que estão inseridas, os valores de integridade difundidos na empresa não são apagados no encerramento do expediente. Eles reverberam nas ações das pessoas fora da empresa, uma vez que esse colaborador é um único ser que tem vários papéis sociais, sendo a vivência no ambiente de trabalho apenas um deles”, destaca.

Na Suzano, maior produtora mundial de celulose com importante atuação no Espírito Santo, o controle e a transparência permeiam todas as áreas e processos da empresa. “A Suzano tem um programa de compliance baseado nas melhores práticas de mercado, apoiado pela alta administração e desenvolvido de acordo com os pilares de prevenção, detecção e resposta. Com isso, os principais objetivos são identificar, tratar e mitigar possíveis riscos nas mais diversas atividades desempenhadas na companhia e fortalecer a cultura de integridade”, informa a empresa por meio de sua assessoria de imprensa.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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