Polícia Científica do ES ajuda a desvendar mortes dentro de BMW em SC
A recém-criada Polícia Científica do Espírito Santo (PCI-ES) cooperou na investigação do caso dos quatro jovens encontrados mortos em uma BMW, em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, no dia 1º de janeiro. No último dia 4, o Laboratório de Toxicologia da PCI-ES recebeu peritos da Polícia Científica catarinense, que trouxeram amostras de sangue das quatro vítimas. O resultado, em cruzamento com o laudo necroscópico e outros dados, confirmou que as mortes ocorreram por exposição excessiva ao monóxido de carbono (CO).
Conforme as investigações, havia um vazamento irregular de gás no escapamento do veículo. A Polícia Científica do Espírito Santo é referência nacional em toxicologia forense. No caso específico da carboxihemoglobina, não há muitos Estados no Brasil que fazem este tipo de análise, que já é realizado no Espírito Santo há cerca de dez anos, segundo a corporação.
“Este intercâmbio é extremamente produtivo e importante para toda a sociedade. Isso representa conhecimento científico aplicado à investigação criminal, já que uma prova pericial robusta, amparada pelo conhecimento técnico e científico é imprescindível para trazer os fatos à luz da Justiça, beneficiando toda a sociedade”, afirmou o perito oficial-geral, Carlos Alberto Dal Cin.
A análise de carboxihemoglobina é realizada por meio de uma técnica chamada Espectrofotometria. A amostra de sangue é diluída, misturada a produtos químicos e colocada em um equipamento chamado espectrofotômetro, que mede a quantidade de absorção de luz na amostra. O exame é rápido e geralmente é concluído em apenas um dia, dependendo das condições das amostras.
Três homens e uma mulher, entre 16 e 24 anos, estavam dentro do veículo. A hipótese devido à asfixia por intoxicação de monóxido de carbono era a principal linha de investigação, o que foi confirmado. Após a ocorrência, familiares das vítimas relataram que a BMW havia passado por uma adulteração no escapamento. Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMSC), as vítimas sofreram paradas cardiorrespiratórias. Houve tentativas de reanimá-las, mas elas não resistiram.