Deputado bolsonarista do ES leva tapa de petista na Câmara; vídeo
BRASÍLIA - O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) agrediu o deputado Messias Donato (Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da reforma tributária, na Câmara dos Deputados, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Donato afirmou que registrará boletim de ocorrência sobre o incidente. A assessoria de um dos parlamentares gravou vídeo com a cena (veja acima).
Durante a sessão, Quaquá quis tirar satisfação de deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam “Lula/ladrão/ seu lugar é na prisão” para o chefe do Executivo. Com o celular em mãos, disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), e o chamou de “viadinho”. Em seguida, foi repelido por Donato, que o pegou no seu braço. Quaquá, então, esbofeteou Donato na cara.
A confusão então se alastrou. “Agressão aqui, pô. Que isso, você deu um tapa na cara”, disse Nikolas. Quaquá se retirou da confusão naquele momento. “(Donato) me agrediu e dei um na cara dele. Eles estavam xingando Lula”, admitiu Quaquá. “Esse deputado segurou minha mão e me empurrou. Tomou um tapa na cara.”
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Donato disse que a atitude de Quaquá “não ficará impune”. Depois de registrar queixa contra o petista na Corregedoria da Câmara, o deputado do Republicanos comentou o episódio em vídeo publicado nas redes sociais do também deputado Nikolas Ferreira (PL-MG): "Quem me conhece sabe que nós somos um deputado conservador. O tapa que eu recebi foi um tapa na cara dos brasileiros de direita, que defendem a pátria e a família."
Por meio de nota, o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB), classificou a agressão como "lamentável incidente". Ele também prestou solidariedade a Messias Donato e pediu para que a Câmara tome providências em relação ao ocorrido. "É inaceitável que atos de violência encontrem espaço em nossa democracia", afirmou, na nota.
Também em nota, Quaquá afirmou que a "reação foi desencadeada por uma agressão anterior". "O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Fui então empurrado, e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou", disse o deputado.
A ida de Lula ao Congresso Nacional novamente rendeu cenas do que aconteceu no primeiro dia de atividade do Legislativo federal neste ano. De um lado, apoiadores do petista puxaram “olê, olê, olê, olá; Lula, Lula”; do outro, a oposição respondeu com “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”. As cenas se repetiram nesta quarta-feira, 20.