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Pós-pago, pré-pago ou controle: qual plano de celular vale mais a pena?

Pós-pago, pré-pago ou controle: qual plano de celular vale mais a pena?

Com o crescimento da necessidade de dados para permanecer conectado, um bom plano de celular faz a diferença para economizar no fim do mês

Publicado em 27 de julho de 2025 às 07:42

Contrato digital, celular, negócios, tecnologia
No Brasil, 107,2 milhões de linhas de celular são pós-pagas, conforme dados de 2024 da Anatel Crédito: Pixabay

A comunicação via aparelho celular se tornou essencial desde o início do século. As companhias telefônicas passaram a oferecer vários planos, pacotes e modelos de aparelho para os usuários. Primeiro, com foco nas ligações. Depois, as opções voltaram-se ao uso para navegar na internet, desde os mais restritos até os ditos ilimitados. Em meio a esse avanço tecnológico, ainda há uma dúvida que persegue os clientes. Qual é o tipo de plano que vale mais a pena: pré-pago, pós-pago ou controle?

Em busca dessa resposta, A Gazeta foi ouvir a opinião de especialistas em telecomunicações e em economia, além de analisar o cenário do uso de celulares no Brasil. 

Em 2024, pela primeira vez, o número de linhas móveis pós-pagas superou o de pré-pagas no Brasil, segundo informação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Naquele momento, o país contabilizava 107,2 milhões de linhas pós-pagas, contra 107,1 milhões de linhas pré-pagas.

Já este ano, a distância cresceu ainda mais. Dados atualizados mostram que os acessos móveis pós-pagos já representam 62% do total, enquanto os pré-pagos correspondem a 38%. Os números, divulgados pelo portal Mobile Time, refletem uma tendência crescente de migração para planos com cobrança mensal fixa.

Entre os motivos para essa transição está o aumento da demanda por conectividade. O uso intensivo de internet para redes sociais, vídeos, aplicativos de transporte e trabalho remoto fez com que muitos consumidores passassem a buscar pacotes de dados mais robustos. A popularização dos planos “controle” – que combinam a previsibilidade dos pré-pagos com benefícios dos pós-pagos – também contribuiu para essa migração.

"Cada um tem um perfil, cada um tem um padrão de renda. Primeiro, você escolhe um pacote para te atender. Ao longo do tempo, vai monitorando quais são os benefícios, os atrativos que usa e que são essenciais para você. Aquilo que você não está utilizando, o ideal é retirar e buscar outros pacotes que são mais compatíveis com a sua realidade", afirma o economista Ricardo Paixão, especialista em finanças pessoais.

Para o pesquisador do Laboratório de Telecomunicações da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Anilton Garcia, a fibra óptica é um dos elementos chave para esse novo momento das telecomunicações. “Isso aumenta muito a capacidade de transmissão na rede de dados multimídia, em que você pode estar misturando voz, dados, vídeos e imagens. Os smartphones estão cada vez mais virando um computador de altíssima capacidade e altíssimo desempenho, o que facilita ainda mais”, explica.

Diferença entre os planos

Os planos de celular mais comuns são os pré-pagos e os pós-pagos. No pré-pago, o usuário compra créditos antecipadamente e, à medida que utiliza serviços como ligações e internet, os valores são descontados desse saldo. Já no pós-pago, a pessoa assina um plano e paga, ao final do mês, pelo que consumiu — geralmente com uma taxa de assinatura incluída.

O plano controle funciona como um meio-termo entre os outros dois. O usuário paga um valor fixo por mês e recebe um pacote com dados, minutos e mensagens para usar dentro daquele período. Quando o limite é atingido, os serviços são pausados até o ciclo seguinte, a menos que o usuário adicione créditos extras. A opção costuma ser mais econômica que o pós-pago tradicional, mas é importante acompanhar o consumo para evitar custos adicionais.

Segundo dados da Anatel de março deste ano, quase 4,9 milhões de pessoas no Espírito Santo têm acesso à telefonia móvel. Desse montante, 3,2 milhões preferem planos pós-pago ou controle, enquanto 1,7 milhão optam pelo pós-pago.

“No plano pré-pago, a pessoa está limitada ao valor que contratou da operadora. No pós-pago, vai selecionar o que mais utiliza, mesmo que gaste um pouco mais, de forma a possibilitar o desenvolvimento de melhores condições de uso e custo-benefício”, defende Anilton.

O pesquisador ainda afirma que, além de escolher um bom plano, o maior cuidado deve ser com os adicionais. "Em qualquer plano de serviço o contrato básico é relativamente modesto. Nós temos que tomar cuidado com os adicionais que nós colocamos, pensar se estão ou não agregando valor a a nossa vida", declarou.

A visão de quem opta pelo pré-pago

Apesar da crescente adesão aos planos pós-pagos, muitos consumidores ainda veem no pré-pago a melhor alternativa – especialmente quando o assunto é economia. É o caso de Eduardo Wolfgram, 29 anos, estudante de comunicação, que utiliza o plano com duração de 30 dias, ao custo de R$ 29,90.

“Já tive o controle, mas hoje o melhor custo-benefício para mim é o pré-pago”, explica. “Busco sempre a opção mais em conta. Com o pré, tenho 10 GB de internet, mais 10 GB de bônus por recarga programada, além de ligações e SMS ilimitados. Me atende super bem.”

Sobre a economia, Eduardo estima uma diferença significativa no orçamento mensal em relação ao tempo que usava o plano controle: “No mínimo, R$ 40 por mês. Tenho parentes que pagam entre R$ 90 e R$ 120. O mais barato era R$ 70. Ainda assim, o meu continua sendo mais barato e tão bom – ou até melhor – quanto os outros planos”, afirma.

Nesse sentido, Ricardo Paixão frisa a importância do planejamento financeiro para monitorar as despesas pessoais e familiares. "Às vezes, tem uma campanha em que posso ser inserido ou surge um pacote que você tem quase os mesmos serviços, mas com um preço melhor. Se tenho algo pago, mas não uso, então cancelo e busco um pacote mais adequado com a minha realidade", reitera.

Comparação dos tipos de plano disponíveis no Espírito Santo

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